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Discurso de aniversário: Thássius Veloso, Tecnoblog

Durante o mês de aniversário, convidamos amigos leitores, parceiros comerciais e colegas que admiramos para soprar as velas com a gente e fazer um breve discurso. Hoje, com vocês para inaugurar a série, Thássius Veloso, editor-executivo do Tecnoblog. Pare e pense: o que são dois anos? Do ponto de vista matemático, são 730 dias decorridos; para os entendidos de Astrologia, equivalente a duas piruetas da Terra em torno do Sol; para Bill Gates, mais alguns bilhões de dólares na conta bancária. E para a internet? Ah, na internet dois anos são uma eternidade.

Durante o mês de aniversário, convidamos amigos leitores, parceiros comerciais e colegas que admiramos para soprar as velas com a gente e fazer um breve discurso. Hoje, com vocês para inaugurar a série, Thássius Veloso, editor-executivo do Tecnoblog

Pare e pense: o que são dois anos? Do ponto de vista matemático, são 730 dias decorridos; para os entendidos de Astrologia, equivalente a duas piruetas da Terra em torno do Sol; para Bill Gates, mais alguns bilhões de dólares na conta bancária. E para a internet? Ah, na internet dois anos são uma eternidade.

Se eu comecei a trabalhar sério com internet aos dezessete anos, faz quatro que estou nesse mundinho de bits e bytes e bots e bugs. Já vi tanta coisa passar, já vi tanta gente ir e vir, já vi tantas empresas surgirem. Internet é assim mesmo, tudo é muito rápido e pouco é perene. Uma hora está lá, na outra já desapareceu. E não adianta, tem coisas que nem o cache do Google consegue arquivar. Quem não viu, não vai mais ver.

Há dois anos eu estava brigando com a minha operadora de banda larga para ter uma conexão de 1 Mega, até então destinada somente para os mais ricos, com cacife o suficiente para comprar os técnicos responsáveis pela instalação do serviço. Hoje em dia posso baixar um filme em menos de uma hora com a minha conexão de 20 Mega. Como as coisas mudam, não?

De lá para cá, na mesma medida em que as conexões ficavam mais robustas, a internet brasileira crescia. E crescia muito, temos de concordar. O iG deixou de ser internet grátis para virar internet generation (confesso que atualmente não sei mais o que a sigla significa). O Orkut deixou de ser o ponto de encontro dos internautas brasileiros para virar uma grande central de conteúdo duvidoso e spammers fazendo a festa. Os grandes grupos de comunicação passaram a investir mais em seus sites ponto-com e ponto-com-ponto-br. E nisso fomos todos crescendo.

Os blogs – sérios, ok? – se fortaleceram no mundo e no Brasil. Diferenças de mercado à parte, temos realizado um trabalho bem feito. Trabalho, aliás, que tornou-se mais importante também há dois anos. Explico: um grupo de brasileiros trouxe para o país o que de melhor existia em termos de blog no momento. Esse Gizmodo no qual escrevo agora nascia, com promessa de ser grande e o desafio de mostrar-se tão bom quanto o original.

E lá vamos nós para a matemática mais uma vez: 730 dias de Gizmodo Brasil depois, a conclusão é de que o trabalho foi bem executado pelo time que toca o site. Posts de altíssimo nível, curiosidades que todo geek gostaria de ler e análises de 23 mil caracteres – o Pedro Burgos jura que escreveu tudo isso :P – fizeram do Gizmodo Brasil essa potência em termos de comunicação.

Caso fizessem uma eleição e me pedissem para escolher os melhores blogs do nosso país – acho que alguns leitores já estão recordando do iBest -, o Gizmodo Brasil certamente estaria entre eles. O Tecnoblog também, mas isso é assunto para outro post. Talvez o principal motivo para essa escolha seja a seriedade: quando esse Gizmodo iniciou suas operações aqui, importou um novo nível de lidar com blog no país. Naquele momento, pela primeira vez, blog deixava de ser um diário de adolescente para se tornar negócio. Dindin.

Quando os grandes grupos de comunicação ainda pensavam em salvar o jornal impresso ou a televisão, como se essa salvação fosse realmente necessária, veio um site para quebrar a banca e mostrar que já passava da hora de encarar a internet como oportunidade de fazer a diferença e de preferência gerar riqueza. O Gizmodo Brasil fez isso, abrindo caminho para uma galera do barulho que chegaria mais tarde (sim, você sabe de qual site estou falando xD).

Tenho certeza que os administradores desse Gizmodo dirão que esses dois anos valeram a pena. Para mim, como leitor, também valeu. E mais do que isso: como interneteiro que sou, serviu para mostrar que com uma ideia na cabeça e um código-fonte no monitor (!) dá para fazer muita coisa bacana, sem deixar a diversão de lado. Afinal de contas, nesse meio o bom humor e o rebolado são fundamentais para um projeto ir para frente.

Pessoal do Gizmodo, vocês estão de parabéns! Torço para que venham mais 730 dias, mais duas voltas ao redor do Sol e mais alguns bilhões para o Bill Gates. E principalmente, que venham mais posts interessantes, mais análises gigantescas que dão gosto de ler e mais curiosidades de fazer o queixo cair. É assim que nós vamos construindo uma internet melhor, com informação de qualidade e aquele jeito de encarar a web que só os brasileiros têm.

Daqui a dois anos quero ver o Gizmodo Brasil e o Tecnoblog lado a lado, como concorrentes – jamais inimigos -, fazendo a diferença nesse mundão da World Wide Web.

* * *

Thássius Veloso, de 21 anos, é carioca morador de Sampa que prometeu nunca abandonar o sotaque. Faz um strogonoff delicioso, mas até hoje não aprendeu a preparar feijão. Ah, sim: também é editor-executivo do Tecnoblog em horário comercial e geek convicto em tempo integral.

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