Após Mulan, Disney+ pode ter mais lançamentos cobrados à parte

Com as restrições devido ao COVID-19, a Disney pode focar cada vez mais no streaming, trazendo lançamentos de US$ 30 para a plataforma.
Imagem: Disney+

O Disney+, sem surpresas, superou as expectativas de números de assinantes, e os executivos da empresa deixaram claro durante a conferência sobre resultados financeiros desta semana que planejam aumentar esses números investindo mais em conteúdo para a plataforma. Mas se a Disney trouxer mais títulos premium para o serviço como fez com Mulan, os usuários podem ter que pagar a mais por isso.

O CEO da Walt Disney Company, Bob Chapek, reconheceu no relatório de lucros da empresa divulgado na quinta-feira (12) que as experiências e parques continuaram a ser afetados pela pandemia, que forçou restrições de capacidade e protocolos de segurança em lugares nas propriedades da Disney que puderam abrir. (Os chefes da Disney pareceram particularmente irritados com o fato de seus parques permanecerem fechados na Califórnia, onde casos de COVID-19 estão voltando a crescer.)

Mas seu serviço de streaming Disney+, como era de se esperar, tem feito um grande sucesso, chegando a 73 milhões de assinantes no início de outubro.

“O verdadeiro ponto positivo tem sido nosso negócio direto ao consumidor, que é a chave para o futuro de nossa empresa, e neste aniversário do lançamento do Disney+ temos o prazer de informar que, no final do quarto trimestre, o serviço tinha mais de 73 milhões de assinantes — superando em muito nossas expectativas apenas em seu primeiro ano”, disse Chapek em um comunicado.

Durante sua conferência de resultados, os executivos da Disney revelaram que a empresa agora tem 120 milhões de assinantes pagos em todo o mundo em suas várias propriedades de streaming, incluindo as da ESPN e Hulu. E esse número provavelmente continuará a aumentar, especialmente à medida que o Disney+ buscar outros mercados internacionais e adicionar mais títulos exclusivos ao seu serviço.

A empresa disse que planeja continuar investindo em novos conteúdos no Disney+, algo que os executivos consideram um grande atrativo para a adição de novos assinantes. Mas é provavelmente certo que, pelo menos no que diz respeito a títulos maiores, como aqueles que foram previamente programados para lançamento nos cinemas, teremos que pagar à parte por isso.

Os executivos da Disney disseram que estavam muito felizes com os resultados do grande experimento premium de vídeo sob demanda com Mulan — sem levar em conta a controvérsia gerada, que os executivos não gostaram — indicando que há uma boa chance de vermos mais filmes da Disney chegando à plataforma por US$ 30 se os cinemas continuarem fechados.

No entanto, a empresa não falou diretamente sobre nenhum título de Acesso Premium em desenvolvimento, e a Disney já enquadrou o lançamento de Mulan como um título PVOD (Premium Video on Demand) como um experimento único. Mas após o lançamento do filme, os dados da Sensor Tower estimaram que Mulan aumentou as instalações do aplicativo Disney+ em 68% em comparação com uma janela de três dias na semana anterior.

Dado que o fim da pandemia é, no momento, uma perspectiva distante, e dado o número de títulos do portfólio da Disney com lançamento previsto para o próximo ano, é difícil imaginar que ela não aproveitará outra oportunidade para nos cobrar uma quantia obscena para assistir a um título mais recente da segurança de nossas próprias casas.

Quer dizer, a Disney realmente vai atrasar o lançamento de Viúva Negra nos cinemas indefinidamente? Trolls 2 arrecadou US$ 95 milhões em suas primeiros três semanas como um lançamento PVOD. Trolls 2! Pelo amor de Deus!

E por que a Disney não nos cobraria os olhos da cara para transmitir seus novos filmes? Afinal, nós já mostramos que estamos dispostos a pagar por isso.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas