Displair, a tela feita com água, é um belo exemplo de vaporware na CES

Há uma fama que a CES jamais perderá: ela serve como o aconchegante lar para empresas mostrarem os tais vaporware — tecnologias que, sabemos bem, provavelmente nunca chegarão ao consumidor comum, ou simplesmente não são viáveis. Isso não impede que elas sejam divertidas, certo? Um bom exemplo é o Displair, uma tela criada com vapor […]

Há uma fama que a CES jamais perderá: ela serve como o aconchegante lar para empresas mostrarem os tais vaporware — tecnologias que, sabemos bem, provavelmente nunca chegarão ao consumidor comum, ou simplesmente não são viáveis. Isso não impede que elas sejam divertidas, certo? Um bom exemplo é o Displair, uma tela criada com vapor (nunca o termo vaporware se encaixou tão bem, hein) sensível ao toque. E nós jogamos Fruit Ninja nela.

A Displair é uma criação russa não tão recente assim — ela começou a ser criada em 2009, por um russo chamado Maksim Kamanin. O cidadão gostava de estudar o fenômeno e a relação entre miragem e vapor. No início, para provar que a criação não era só espelhos e fumaça, o projeto foi apresentado ao governo russo como uma solução sustentável e prática, à época voltada mais para educação. Hoje, usando um projetor na parte traseira e o aparelho em si para criar uma película de ar, como uma tela translúcida, a Displair consegue exibir imagens e criar uma tela sensível ao toque que pode ser… atravessada. Talvez a melhor forma de explicar seja com imagens. Então veja este vídeo:

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Brincar com a Displair é um tanto estranho: como estamos acostumados a chegar a um limite quando encostamos em uma tela (limite conhecido como tela de vidro), atravessá-la é bem diferente. A tela rodava o jogo Fruit Ninja e, naturalmente, tentamos cortar as frutas com a ponta do dedo, até que um simpático russo recomendou que usássemos a mão toda, como um golpe de caratê que cruzava a tela. E realmente ficou mais fácil — e claro que ela reconhece não só a ponta de um dedo, mas qualquer parta de sua mão que você passar por ela. Claro que a precisão é longe do ideal, já que a imagem se movimenta suavemente o tempo todo, mas deu para estourar algumas melancias.

Agora, depois de um investimento de um fundo de capital de mais de US$1 milhão, os russos vieram para a CES tentar emplacar sua cintilante tecnologia. Com um estande pequeno, se acotovelando entre empresas que mais parecem ter saído de uma feira de ciência nos EUA e chineses que invadem Las Vegas, Sergey Sergeev, um dos representantes da marca, espera colocar a Displair no mercado em três anos. Três anos, em termos de tecnologia, costuma significar “num futuro muito distante”. E que suba o vapor.

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