Dois anos depois, ainda existem dúvidas sobre a Covid: veja quais
Desde que a Covid-19 ganhou status de pandemia, em março de 2020, muita coisa mudou. No começo, as pessoas ficaram isoladas em suas casas e o uso de máscaras começou a ser exigido em ambientes fechados. A situação melhorou após o surgimento das vacinas, que têm diminuído drasticamente o número de mortes e casos graves.
Mesmo assim, a doença ainda tem seus mistérios. Por que, por exemplo, certas pessoas continuam testando positivo para o vírus mais de 10 dias após a descoberta da infecção?
A resposta da última pergunta não é nada óbvia. É possível que o swab nasal esteja coletando restos virais de uma infecção em declínio. O paciente pode ter um sistema imunológico mais fraco, que demora mais para combater o Sars-CoV-2, ou então está com uma maior carga viral, demorando mais tempo para eliminar o patógeno de seu organismo.
Sabendo dessas hipóteses, surge outra questão: esses pacientes ainda podem transmitir a doença? Os pesquisadores não sabem dizer com certeza. Estudos ainda não revisados por pares sugerem que sim, algumas pessoas que testam positivo após o décimo dia da doença ainda propagam o vírus.
Por outro lado, pesquisadores indicam que outros fatores também sejam considerados, como sintomas do paciente e estado clínico. Se a pessoa puder se manter isolada até alcançar um resultado negativo, essa é a melhor opção. Já para aqueles que precisam sair de casa, é indicado manter o uso da máscara bem ajustada ao rosto.
Mas pense que o pior já passou e você superou a infecção. Mesmo assim, é necessário tomar a vacina? A resposta é sim. Um estudo publicado em agosto de 2021 indica que se você teve a doença e não está vacinado, corre duas vezes mais risco de se infectar de novo. Pessoas que passaram pela Covid-19 adquirem algum grau de imunidade, mas não está claro o quanto ela dura ou o nível de proteção que oferece.
Sabendo disso, resta uma última pergunta: a vacina da Covid-19 vai se tornar anual como a da gripe? As doses de reforço parecem oferecer proteção extra à população, sendo também uma forma de impedir a propagação do vírus. Apesar de não haver nada concreto, é provável que a vacinação anual se torne indispensável, principalmente para idosos e pessoas com comorbidades.