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É bom se preparar: ômicron não é a última variante da Covid, alertam epidemiologistas

O aumento exponencial de casos pode contribuir para o surgimento de novas variantes – que podem não causar quadros leves como a ômicron

Variante Covid

Imagem: Fusion Medical Animation/Unsplash/Reprodução

A variante ômicron foi anunciada em meados de novembro de 2021. Desde então, diversos países vêm acompanhando um aumento exponencial de casos de Covid-19. Na semana entre 3 e 9 de janeiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde) registrou um recorde de 15 milhões de novos casos pelo planeta — um aumento de 55% em relação à semana anterior.

Apesar da sua alta transmissibilidade, a variante ômicron parece causar apenas sintomas leves, como um resfriado. De toda forma, epidemiologistas explicaram à Associated Press que essa mutação do vírus pode não ser a última, e que as seguintes talvez não sejam tão “boazinhas” assim. 

Além disso, não é hora de deixar a variante ômicron circulando e apenas confiar na sorte — ou na imunidade de rebanho, ideia defendida especialemnte no início da pandemia. Veja bem: quanto mais pessoas estiverem infectadas, maiores as chances do vírus permanecer por mais tempo no organismo de pacientes com baixa imunidade e sofrer mutações.

Os pesquisadores citam ainda a possibilidade de o vírus ficar incubado em animais domésticos, como gatos, hamsters e visons, e novas variantes surgirem a partir deles. De toda forma, ainda não há evidências mostrando que o Sars-CoV-2 passa desses animais para humanos.

Também não é possível prever se uma nova variante vai ser mais letal, transmissível ou escapar às vacinas. A variante IHU, por exemplo, apresenta 46 mutações e, mesmo assim, não se mostrou tão contagiosa. A ômicron, por sua vez, moldou esse cenário pandêmico atual que estamos acompanhando – com, inclusive, nova sobrecarga ao sistema de saúde.

A melhor maneira de prevenir a chegada de uma variante potencialmente perigosa é a vacinação. Enquanto as taxas globais de imunização continuarem baixas, a Covid-19 não se tornará uma doença endêmica como a gripe – o que muitos estão esperando. 

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, chegou a declaria que gostaria de ver 70% das populações de cada país vacinadas até o meio deste ano. Infelizmente, a desigualdade global da vacinação e também o negacionismo têm impedido que a meta seja cumprida. 

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