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E-books: uma evolução, mas será o único caminho?

John Abell, da Wired, é um fã de e-books. Talvez justamente por isso ele enxergue tão bem os defeitos desse novo modo de ler – que caminha para ser o mais popular, já que a Amazon hoje vende mais livros digitais do que físicos. Em um interessante artigo no blog Epicenter, ele expõe os seus principais […]

John Abell, da Wired, é um fã de e-books. Talvez justamente por isso ele enxergue tão bem os defeitos desse novo modo de ler – que caminha para ser o mais popular, já que a Amazon hoje vende mais livros digitais do que físicos. Em um interessante artigo no blog Epicenter, ele expõe os seus principais motivos para não considerar os e-books uma substituição perfeita para o papel. Eu concordo com a maioria, e quero saber o que você acha.

Fugindo do argumento óbvio (e um tanto retrógrado, se você me perguntar) de que o toque do papel e o ato físico de folhear as páginas são partes integrais da experiência de leitura, John cita, por exemplo, que um ebook pela metade não te “chama” para continuar a leitura, da mesma forma que um livro físico inacabado se torna um constante lembrete no criado-mudo de que você ainda precisa terminá-lo. Eu mesmo já comecei uma meia dúzia de livros livros digitais, e terminei apenas um. Outro problema grave: eles são muito caros, ainda, pelo que John considera “praticamente um aluguel” – já que não é possível emprestar, doar, revender ou fazer Bookcrossing.

Talvez o argumento com o qual eu mais tenha me identificado, porém, seja o mais vaidoso de todos: com ebooks, você não tem como montar uma prateleira pessoal para exibir na sala de casa. Pode parecer bobagem, mas concordo inteiramente com este argumento. Ao ver a estante de livros de uma pessoa, muitas vezes podemos conhecer mais sobre ela do que durante um longo papo.

Eu ainda acrescentaria que livros digitais deixam de ser práticos quando são livros de consulta constante. Guias turísticos, por exemplo. Mesmo com capítulos clicáveis no índice e até mesmo a possibilidade de digitar uma palavra e encontrá-la, livros que eu antecipo que serão consultados com frequência, eu prefiro comprar a versão de papel, que pode ser marcada com post-its, rabiscada e tudo mais. Foi assim com o calhamaço The 4-Hour Body, por exemplo.

Fora isso, porém, ainda considero os ebooks um upgrade sobre os livros físicos, ainda que você definitivamente abra mão de algumas coisas. O principal motivo, pra mim, com certeza é o espaço. Estou nesse exato momento pensando em separar as coisas para levar na mochila em uma longa viagem. Eu posso levar quilos de livros, ocupando um enorme espaço na mochila que vai ficar nas minhas costas… ou posso levar tudo no meu celular, ou num e-reader que tem o tamanho e peso de um livro pequeno. Pra mim, é uma escolha óbvia.

O que você acha do debate livros físicos contra livros digitais? [Epicenter]

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