E se todo mundo soubesse todas as músicas que você ouve?

O Spotify chegou aos Estados Unidos, depois de um longo período em que só esteve disponível em alguns países da Europa, e trouxe com ele uma bagagem terrível: por ser um dos serviços de música mais sociais do mundo, todas as músicas que você ouve ficam disponíveis para os seus amigos verem. Mas e se […]

O Spotify chegou aos Estados Unidos, depois de um longo período em que só esteve disponível em alguns países da Europa, e trouxe com ele uma bagagem terrível: por ser um dos serviços de música mais sociais do mundo, todas as músicas que você ouve ficam disponíveis para os seus amigos verem. Mas e se você é um barbado de 30 anos que passa o dia ouvindo Alejandro da Lady Gaga e Amazing do Bruno Mars alternadamente no repeat?

Se tudo der certo e os planetas se alinharem, eventualmente o Spotify, ou algum serviço similar, chegará ao Brasil, fará sentido e será adotado por todo mundo que hoje usa o Last.fm. Nesse dia, todos os meus amigos saberão que eu ouço amarradão coisas como Sugarcult, The Rasmus, My Chemical Romance e Jack’s Mannequin. Esse último, dá vergonha até do nome. Mas fazer o quê? Eu gosto.

No Last.fm, quando você ouve alguma coisa que não quer que os outros descubram, pode desativar o scrobble (registro das músicas no serviço) antes de começar a ouvir. Caso esqueça de fazer isso, pode ir até o seu perfil e deletar os registros das músicas individualmente, enquanto faz essa cara:

O Last.fm, fanfarrão que só ele, até mesmo mantém um registro das músicas mais deletadas pelos usuários todo mês. Uma espécie de Hall da Vergonha mensal:

Compartilhar é a alma da internet. É o que a torna divertida. E o processo de compartilhamento das nossas vidas será cada vez mais orgânico e amplo, exigindo menos esforço, ou mesmo consciência do que estamos compartilhando. Você pode espernear o quanto quiser contra isso, mas é o que vai acontecer – e você vai se acostumar, porque a opção será não ter acesso a todas essas coisas maravilhosas como o Spotify e outros serviços.

A questão é: você vai parar de ouvir as coisas vergonhosas que ouve, ou, como eu, vai dizer dane-se (ou talvez um termo equivalente e menos educado) ao que os outros acham do gosto musical que te diverte? E se, além das músicas, estivéssemos falando dos filmes que você assiste, dos livros que lê, dos programas de TV que acompanha, entre outras coisas? Se houvesse algum mecanismo que te desse acesso ridiculamente fácil e barato a todas essas coisas, mas que divulgasse automaticamente aos seus amigos tudo o que você consome culturalmente?

É bom ir pensando nisso, porque esse tipo de realidade pode acontecer. [Gizmodo]

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