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Por que tantas empresas decidiram lançar um serviço de assinatura de jogos

Pesquisa realizada pela Deloitte revela que número de assinaturas de serviços de jogos é maior do que de TV entre os millennials.

Controle do Google Stadia. Crédito: Gizmodo

Assim como existem inúmeras opções de streaming hoje em dia, os serviços de games também estão saturando o mercado à medida que as empresas se posicionam cada vez mais para competir por atenção em busca de dominar uma forma de entretenimento. A Netflix, por exemplo, divulgou um relatório no início do ano indicando que se via competindo mais com “Fortnite do que com a HBO”. Se uma recente pesquisa estiver certa, eles podem ter razão.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, mais millennials – que o estudo identificou como pessoas de até 35 anos – agora assinam serviços de jogos (53%) do que os tradicionais canais de televisão (51%), o que inclui TV à cabo, via satélite e fibra. O número de millennials que assinam serviços de jogos cresceu significativamente desde o ano passado (44%), quando a assinatura de TV ainda liderava com 52%.

Os dados foram publicados como parte da 13ª edição da pesquisa de tendências de mídia digital da Deloitte, que coletou informações de 2.003 consumidores entre dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. De acordo com a empresa, embora o número de gamers nos EUA tenha permanecido quase o mesmo, a forma como as pessoas jogam nos últimos tem sofrido uma mudança perceptível à medida que os jogos de PC têm sofrido uma queda e os jogos mobile continuam a crescer.

“Uma tendência comportamental importante no consumo de mídia e entretenimento é que as pessoas estão construindo suas próprias coleções de serviços mais ativamente e customizando sua experiência de entretenimento, o que inclui cada vez mais opções além das formas tradicionais de entretenimento”, diz a pesquisa. “A taxa de penetração dos jogos entre millennials é mais alta do que a TV paga, o que é um indício de que jovens adultos estão menos propensos a se contentarem com opções de entretenimento tradicional”.

Essa mudança de preferência das gerações mais novas em escolher seletivamente suas experiências de entretenimento se afastando da mídia tradicional não é um problema para as empresas que estão determinadas a lucrar com isso. Um rápido lembrete: entre os grandes players estão o xCloud da Microsoft, o Stadia do Google, e o Arcade da Apple – todos previstos para serem lançados ainda este ano. E embora seja um campo diferente – mesmo que também esteja, sem dúvida, buscando a sua atenção – existem ainda os pequenos negócios de assinaturas de jogos como o modelo único que o Playdate vai lançar em breve.

É meio óbvio, a esse ponto, que os grandes players da indústria de entretenimento estão tentando abocanhar uma fatia do desejado bolo de streaming que é atualmente dominado por gigantes como Fotnite e Netflix. A ascensão de serviços significa que eles estão prontos para oferecer conteúdo a você. Mas o processo de streaming de games carrega muitos outros obstáculos técnicos do que disponibilizar o episódio mais recente de Stranger Things. Isso também significa uma nova era em que você não possui os jogos que joga.

A grande questão para esse novo setor em crescimento é se esses mesmos millennials, que já estão pagando assinaturas mensais de jogos, estão prontos para se entregar a essas apostas que as gigantes de tecnologia estão fazendo.

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