Encontradas evidências de câncer em múmia egípcia
Deformações nos ossos da face de uma múmia egípcia de 2.000 anos de idade podem indicar que ela sofria de câncer. Segundo cientistas, a pouca idade do falecido e a falta de outra causa de morte indicam apontam para um tumor nasofaríngeo — ou seja, acima do nariz.
As alterações do achado em questão são incomuns nos ossos dessa região da face. Segundo os especialistas, elas também não são típicas do processo de mumificação. Um exame de tomografia computadorizada também sinaliza a possibilidade de alterações nos ossos terem sido causadas por tumores.
A descoberta é assinada pelo Projeto Múmias de Varsóvia, na Polônia, e do Departamento de Oncologia da Universidade de Medicina de Varsóvia.
Os pesquisadores agora planejam coletar amostras de tecido e compará-las com amostras de câncer de outras múmias egípcias armazenadas em bancos de tecidos nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Como indicam as múmias encontradas anteriormente, cânceres de nasofaringe não eram raros e no antigo Egito. Para se ter 100% de certeza disso, no entanto, é preciso realizar exame histopatológico — que analise os tecidos, e não apenas os ossos.