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Mandar dinheiro para fora do Brasil é caro, e a TransferWise está tentando tornar isso mais fácil e acessível

Transferir dinheiro para outros países pode ser enrolado e caro, mas a fintech Transferwise quer facilitar o processo com promessa de taxas menores.

Imagem: Transferwise

Você já precisou enviar dinheiro para fora do Brasil? Eu não. No entanto, tem sido uma necessidade para muita gente, sobretudo com cada vez mais pessoas indo estudar ou trabalhar fora do país. Este é o tipo de solução que a fintech TransferWise promete, ao oferecer envio e recebimento de dinheiro para pessoas de todo o mundo por meio de um app ou pelo site.

Nesta terça-feira (25), batemos um papo com Diana Ávila, líder da operação na América Latina da TransferWise, sobre a atuação no Brasil e de como o país se tornou um dos cinco maiores mercados da companhia, que só tem um app e tem feito majoritariamente propagandas online.

Diana Ávila, líder da operação na América Latina da TransferWise.

Para começar, a empresa foi fundada em 2011 e está por aqui desde 2016, mas só no fim do ano passado eles estabeleceram um escritório local. Nesses três anos de operação, a companhia diz ter movimentado mais de R$ 15 bilhões no Brasil, o que não é pouca coisa. Investindo apenas em publicidade online, a empresa alcançou este volume muito por referências em blogs de viagem ou pelo conhecimento de brasileiros fora do país. A premissa da empresa é ser transparente e ser rápida na operação.

Imagine que você precisa enviar US$ 1.000 para alguém nos Estados Unidos. No site ou no app, você coloca que quer que a pessoa receba a quantia, e eles mostrarão as taxas envolvidas e o tempo estimado de chegada de dinheiro. No caso, com a cotação na tarde desta terça-feira (25), seria R$ 3.941,46 com o valor sendo disponibilizado na conta da pessoa nesta quarta-feira (26).

Segundo levantamento da companhia, as taxas da TransferWise chegam a ser três vezes menores que de concorrentes. A tabela abaixo mostra a diferença de taxas e de passos em cada aplicativo para se chegar ao valor total ao transferir US$ 1.000, considerando valores de março de 2019:

Importante salientar que, diferente de soluções especializadas em transferir dinheiro (como a Western Union e a TransferWise), outros apps, como os de banco, oferecem um monte de outras funções. Isso explica o porquê de o app da TransferWise, que só faz isso, mostrar o preço rapidamente.

Além disso, as taxas, pelo menos em bancos, podem variar conforme o tipo de cesta de serviço — para este levantamento, a companhia disse que considerou pacotes premium. É importante também ressaltar que a Transferwise não incluiu no comparativo a também fintech RemessaOnline, que opera de forma semelhante, com promessa de taxas menores.

A empresa diz que consegue taxas menores por ter contas em diversos países — assim, a transferência não chega a atravessar fronteiras.

Mais serviços no futuro

Ainda que a TransferWise já não seja mais uma startup (tem valor de mercado na casa dos US$ 2 bilhões e já é lucrativa), a companhia, por enquanto, tem um escopo limitado de atuação. No entanto, com o tempo, eles podem facilitar a vida de viajantes ou mesmo de empresários que precisam fazer transações internacionais.

Segundo a líder de operações na América Latina da TransferWise, a companhia tem planos de trazer alguns serviços disponíveis na Europa e Reino Unido, onde tem uma atuação maior, para o Brasil. Um deles é a chamada Multicurrency Account. Com esse recurso, a pessoa pode, por exemplo, ter uma conta no app com diversas moedas estrangeiras, o que pode ser especialmente interessante para viagens ou mesmo para compras online.

A companhia também tem planos de facilitar o envio e recebimento de remessas para médias e pequenas empresas (atualmente, o serviço é limitado apenas para pessoas físicas) e ajudar, por exemplo, no pagamento de contas internacionais por meio da plataforma — o que pode ser particularmente interessante para quem precisa pagar instituições de ensino.

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