Mesmo com a vitória judicial da Epic Games sobre a Apple no início do mês, o retorno do game “Fortnite” ao sistema iOS segue incerto. Tim Sweeney, CEO da empresa, acredita que a “maçã” está propositalmente dificultando o retorno do jogo à plataforma mobile.
Em interações com seguidores no X, o chefe da empresa comentou a postura da gigante de Cupertino. Ele ainda não forneceu nenhuma atualização sobre a aprovação ou rejeição do jogo na plataforma.
Na prática, o processo de análise da big tech dura — na grande maioria das vezes — 24 horas. Porém, no caso do game da Epic, já passou mais de 100 horas sob análise e até o momento não houve retorno.
Sweeney ainda afirmou que, mesmo sem receber nenhuma resposta, submeteu uma versão atualizada do jogo para análise, uma vez que a empresa liberará um update para o título na próxima sexta-feira (16). A empresa precisa garantir a compatibilidade entre plataformas e a primeira versão enviada à Apple estará desatualizada a partir de amanhã.
Ao responder a um questionamento sobre a razão pela qual a Epic Games não se preparou para um cenário no qual a análise do do aplicativo para iOS atrasa, o CEO deu a entender que a gigante de cupertino estaria usando seu poder como “gatekeeper” para atrapalhar a disponibilização.
“Nosso planejamento de lançamentos depende de plataformas que apoiam desenvolvedores como nós, que lançam aplicativos. Não há como um jogo multiplataforma em rápida evolução como Fortnite funcionar se as plataformas usarem seu poder ou processos para atrapalhar”
Our release planning relies on platforms supporting app developers like us releasing apps. There is no way a rapidly evolving multi-platform game like Fortnite can operate if platforms use their power or processes to obstruct.
A Epic Games conseguiu uma vitória significativa no começo de maio. Isso porque a Justiça determinou a retirada de qualquer restrição aos aplicativos que usam sistemas de pagamento próprios e independentes do processador de pagamentos desenvolvido pela Apple.
A decisão abriu caminho para o retorno do battle royale “Fortnite” à plataforma, banido em 2020, por “burlar”o sistema de pagamentos da “maçã”.
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