Esqueça as impressões digitais: o escaneamento do seu cérebro pode ser sua nova senha

Uma universidade nos EUA desenvolveu um sistema que permite acesso a sistemas ao analisar o cérebro Método pode acabar com as senhas como conhecemos.

Um novo sistema vai deixar de lado a análise de digitais e reconhecimento facial para começar a fazer escaneamento de cérebro como forma de identificação. Com a análise do cérebro e de uma série de palavras e imagens, o recurso poderá “ler sua mente” e checar se você é, de fato, você.

Photo illustration for a story published in Binghamton University Magazine about the research of Sarah Laszlo, assistant professor of Psychology, Monday, September 14, 2014.

Imagem ilustrativa mostra mulher usando touca para medir ondas cerebrais. Crédito: Jonathan Cohen/Binghamton University

O reconhecimento facial é lindo na teoria, mas na prática a técnica encontra problemas. Necessita de equipamentos de ponta, como uma boa câmera em seu laptop. Ao mesmo tempo, é muito fácil enganar o sistema. O fato é que agora temos mais um competidor de peso para facilitar o acesso a sistemas. A Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, mostrou uma nova tecnologia de identificação biométrica que escaneia seu cérebro.

O processo envolve colocar uma touca de eletroencefalograma e verificar uma série de 500 itens, como palavras, imagens de celebridades e fotos de banco de imagem. Cada imagem é mostrada na tela por meio segundo. O sistema verifica sua reação a todos esses itens e compara com monitoramentos anteriores.Se uma abelha aparece na tela, uma pessoa que é alérgica ao inseto provavelmente terá uma reação diferente de uma pessoa que trabalha com apicultura, por exemplo.

Com a análise de reações às imagens, as chances de trapacear o sistema diminuem consideravelmente. Testes prévios conseguiram identificar uma pessoa em um grupo de 32, com taxas de acerto que ficou entre 82% e 97%. Segundo os desenvolvedores, a máquina agora consegue distinguir uma pessoa em um grupo de 30 com 100% de precisão.

Se a taxa de acerto continuar a aumentar, esta será uma ótima opção para sistemas de segurança. A parte negativa é que leva muito tempo para fazer o login. O bom é que o sistema pode funcionar com três pequenos eletrodos em vez de uma touca, e com meio segundo cada imagem, não deve levar muito tempo para passar por um grande número de itens. Existe ainda o problema de armazenar a reação da pessoa a essas imagens pela primeira vez.

É um desenvolvimento bem bacana no ramo da segurança digital. Vamos ver como as pessoas tentarão hackear este novo método.

[Binghamton University]

Imagem do topo: Gerry Shaw

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