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Esqueça as impressões digitais: o escaneamento do seu cérebro pode ser sua nova senha

Uma universidade nos EUA desenvolveu um sistema que permite acesso a sistemas ao analisar o cérebro Método pode acabar com as senhas como conhecemos.

Um novo sistema vai deixar de lado a análise de digitais e reconhecimento facial para começar a fazer escaneamento de cérebro como forma de identificação. Com a análise do cérebro e de uma série de palavras e imagens, o recurso poderá “ler sua mente” e checar se você é, de fato, você.

Imagem ilustrativa mostra mulher usando touca para medir ondas cerebrais. Crédito: Jonathan Cohen/Binghamton University

O reconhecimento facial é lindo na teoria, mas na prática a técnica encontra problemas. Necessita de equipamentos de ponta, como uma boa câmera em seu laptop. Ao mesmo tempo, é muito fácil enganar o sistema. O fato é que agora temos mais um competidor de peso para facilitar o acesso a sistemas. A Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, mostrou uma nova tecnologia de identificação biométrica que escaneia seu cérebro.

O processo envolve colocar uma touca de eletroencefalograma e verificar uma série de 500 itens, como palavras, imagens de celebridades e fotos de banco de imagem. Cada imagem é mostrada na tela por meio segundo. O sistema verifica sua reação a todos esses itens e compara com monitoramentos anteriores.Se uma abelha aparece na tela, uma pessoa que é alérgica ao inseto provavelmente terá uma reação diferente de uma pessoa que trabalha com apicultura, por exemplo.

Com a análise de reações às imagens, as chances de trapacear o sistema diminuem consideravelmente. Testes prévios conseguiram identificar uma pessoa em um grupo de 32, com taxas de acerto que ficou entre 82% e 97%. Segundo os desenvolvedores, a máquina agora consegue distinguir uma pessoa em um grupo de 30 com 100% de precisão.

Se a taxa de acerto continuar a aumentar, esta será uma ótima opção para sistemas de segurança. A parte negativa é que leva muito tempo para fazer o login. O bom é que o sistema pode funcionar com três pequenos eletrodos em vez de uma touca, e com meio segundo cada imagem, não deve levar muito tempo para passar por um grande número de itens. Existe ainda o problema de armazenar a reação da pessoa a essas imagens pela primeira vez.

É um desenvolvimento bem bacana no ramo da segurança digital. Vamos ver como as pessoas tentarão hackear este novo método.

[Binghamton University]

Imagem do topo: Gerry Shaw

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