Está cada vez mais difícil escapar do Google+

Em junho, o Google+ tinha 250 milhões de pessoas cadastradas. Em dezembro, esse número dobrou para 500 milhões. O número de usuários ativos, por sua vez, cresceu em cerca de 50%. Como eles conseguiram esse feito? Tornando o Google+ praticamente obrigatório para quem cria novas contas, ou para quem quer usar certos recursos do Google. […]

Em junho, o Google+ tinha 250 milhões de pessoas cadastradas. Em dezembro, esse número dobrou para 500 milhões. O número de usuários ativos, por sua vez, cresceu em cerca de 50%. Como eles conseguiram esse feito? Tornando o Google+ praticamente obrigatório para quem cria novas contas, ou para quem quer usar certos recursos do Google.

O Wall Street Journal nota que, ao realizar um novo cadastro em serviços populares como Gmail e YouTube, você necessariamente cria um perfil público no Google+. Não há uma opção óbvia de evitar isso, nem de deletar seu perfil. Este pode ser o grande responsável pelo crescimento do Google+, já que a quase exigência de um perfil começou há um ano.

Os serviços do Google que criam um perfil do Google+ durante o cadastro são os mais populares: Busca, Gmail, YouTube, Google Play, Blogger/Blogspot – até mesmo o Orkut! No entanto, alguns serviços ainda levam você à página antiga de cadastro, que não cria um perfil público: Drive, Reader, Groups, Calendar, Wallet e Shopping estão entre esses serviços.

Além disso, cada vez mais serviços do Google estão exigindo o cadastro no Google+. Quer publicar sua opinião sobre um app do Google Play? Vai dar uma nota para um estabelecimento comercial? Quer escrever o que você acha sobre um produto do Google Shopping? Tudo isso exige um perfil no Google+.

O Google diz ao WSJ que começou a exigir um perfil “para melhorar a qualidade das críticas, que era mais baixa quando se podia deixar resenhas de forma anônima”. Isso faz sentido, mas torna o Google+ cada vez mais difundido – e mais difícil de se escapar. O próprio vice-presidente do Google, Bradley Horowitz, diz ao jornal que mais integrações estão por vir.

E é do interesse do Google que sua rede social não pare de crescer: afinal, o Google+ ajuda a empresa a vender anúncios mais eficazes – e 95% da receita anual vêm de anúncios (excluindo a Motorola). Do WSJ:

O Facebook tem algo que o Google quer: ele pode conectar as atividades online das pessoas aos seus nomes reais, e também sabe quem são os amigos dessas pessoas. Executivos de marketing afirmam que o Google lhes disse: a maior integração do Google+ em suas diversas propriedades vai ajudar o Google a obter esse tipo de informação e exibir aos usuários anúncios mais relevantes (e portanto, mais lucrativos).

E ao fazer seu cadastro em serviços do Google, a seguinte opção é marcada por padrão: “O Google pode utilizar as informações da minha conta para personalizar marcações +1 em conteúdos e publicidade em websites que não sejam do Google”. Isso permite que o Google direcione conteúdo – e anúncios – para você com base no seu perfil, atividade e conexões sociais.

Ou seja, o Google está disposto a usar todas as armas que têm para combater a expansão do Facebook. Só que às vezes isso vem às custas dos usuários. Por exemplo, há consequências para quem une os perfis do YouTube e Google+ e depois exclui seu perfil da rede social: seus comentários e mensagens são deletados para sempre, e todos os seus vídeos e playlists ficam ocultos até que você reative o Google+. Para evitar isso, é preciso antes desvincular as duas contas.

O ímpeto social do Google vem do seu CEO, Larry Page. E segundo fontes do WSJ, ele já teve ideias agressivas demais para fazer o Google+ emplacar: por exemplo, obrigar os usuários a se logarem no Google+ caso quisessem apenas ler resenhas de estabelecimentos comerciais. Executivos do Google convenceram-no a desistir da ideia.

Pouco a pouco, o perfil do Google+ se torna obrigatório, mas você ainda pode evitá-lo se quiser: fazendo novos cadastros através do formulário antigo neste link, ou removendo seu perfil do Google+ (sem deletar sua conta) através desta página. [Wall Street Journal]

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