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Este app pode tornar os tablets acessíveis para cegos

O sistema Braille permite que cegos leiam palavras escritas desde 1825. Infelizmente, o Braille não se adapta facilmente às telas lisas de touchscreens modernas em tablets e smartphones. Um novo app, no entanto, pode mudar isto. Cada caractere no sistema Braille – desenvolvido por Louis Braille para o exército francês – consiste em uma série […]

O sistema Braille permite que cegos leiam palavras escritas desde 1825. Infelizmente, o Braille não se adapta facilmente às telas lisas de touchscreens modernas em tablets e smartphones. Um novo app, no entanto, pode mudar isto.

Cada caractere no sistema Braille – desenvolvido por Louis Braille para o exército francês – consiste em uma série de pontos elevados, dispostos em uma grade 2 por 3, que são lidos com a ponta dos dedos. Há 63 variações possíveis usando-se o sistema, o bastante para o alfabeto, 10 números e sinais de pontuação. Caracteres além desses são escritos usando-se teclas de modificação de caracteres no teclado Braille tradicional de oito botões, encontrado em certos laptops. O problema é que esses laptops são caros (alguns ultrapassam US$6.000) e têm funcionalidade limitada em situações reais.

O novo app foi criado por Adam Duran, aluno de graduação na New Mexico State University, Adrian Lew, professor-assistente na Universidade Stanford, e Sohan Dharmaraja, candidato a doutor em Stanford. O app faz parte do curso anual de imersão da AHPCRC (Army High-Performance Computing Research Center) com dois meses de duração, e permite que cegos usem tablets com o teclado Braille de oito botões, mas com um detalhe.

Em vez de exigir que o usuário encontre botões virtuais em uma superfície de vidro, as teclas se orientam sozinhas quando o usuário toca a tela. “Elas são customizáveis”, diz Dharmaraja em um comunicado à imprensa. “Elas podem acomodar usuários cujos dedos são grandes ou pequenos, aqueles que digitam com os dedos próximos ou mais separados, e até mesmo permitem ao usuário digitar em um tablet pendurado no pescoço com as mãos opostas, como se fossem tocar um clarinete.”

O app ainda está na fase de protótipo, mas se for levado ao mercado, ele poderia ser “um verdadeiro passo à frente para os cegos”, diz o professor Charbel Farhat, diretor executivo do curso de verão. “Nenhum teclado Braille consegue fazer isto.” [Stanford News/Physorg]

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