_Ciência

Este gato que brilha no escuro pode ser a chave para a criação da vacina contra a AIDS

Esse felino pode ser a chave para proteger os humanos do HIV, o lentivírus que causa a AIDS. Ele foi geneticamente modificado na Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota. E, sim, ele brilha no escuro. Suas garras e pelo fluorescente — que brilham em tons verdes em certas iluminações — não são um efeito colateral do […]

Esse felino pode ser a chave para proteger os humanos do HIV, o lentivírus que causa a AIDS. Ele foi geneticamente modificado na Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota. E, sim, ele brilha no escuro.

Suas garras e pelo fluorescente — que brilham em tons verdes em certas iluminações — não são um efeito colateral do gene que faz os gatos resistentes à forma felina do HIV, conhecido como Vírus da Imunodeficiência Felina. O efeito é causado por outro gene que produz a Proteína Fluorescente Verde, que é produzida naturalmente pela água-viva Aequorea victoria. A equipe da Clínica Mayo, liderada pelo doutor Eric Poeschia, inseriu o gene ao lado do gene antiviral para rastrear as células:

Nós fizemos isso para marcar as células, deixando-as fáceis de identificar no microscópio ou colocando luz direta no animal.

O gene antiviral — que é encontrado no macaco-rhesus — produz uma proteína menos divertida mas bem mais útil, que cria um fator de restrição chamado TRIMCyp. Essa proteína pode fazer as células T — as células de sangue que combatem infecções — resistirem aos vírus que causam a AIDS em “uma ampla gama de espécies”, de acordo com o doutor Laurence Tiley da Universidade de Cambridge.

O doutor Poeschia diz que a pesquisa irá beneficiar humanos também:

Uma das melhores coisas sobre esta pesquisa biomédica é que ela tem como objetivo beneficiar tanto a saúde humana quanto a saúde felina. Se pudermos mostrar que o resultado pode proteger esses animais, ele nos dará muitas informações sobre como proteger humanos.

Por enquanto, a equipe de Poeschia apenas expuseram celulas extraídas do gato modificado ao vírus. O teste foi um sucesso, e o próximo passo da pesquisa será injetar o vírus no gato. [Nature via Guardian, BBC, Science Daily]

Sair da versão mobile