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Estudo afirma que dinossauros foram vítimas de uma “tempestade perfeita” de eventos

Texto do Museu Americano de História Natural De acordo com uma nova pesquisa conduzida em parceria com o Museu Americano de História Natural, os dinossauros poderiam ter sobrevivido à queda do asteroide que os dizimou se o desastre tivesse ocorrido antes ou depois. O estudo, publicado na Biological Reviews, constrói uma nova narrativa sobre as […]

Texto do Museu Americano de História Natural

De acordo com uma nova pesquisa conduzida em parceria com o Museu Americano de História Natural, os dinossauros poderiam ter sobrevivido à queda do asteroide que os dizimou se o desastre tivesse ocorrido antes ou depois. O estudo, publicado na Biological Reviews, constrói uma nova narrativa sobre as criaturas pré-históricas extintas há cerca de 66 milhões de anos, quando um asteroide de 10 quilômetros de extensão caiu onde hoje está o México.

“Os dinossauros foram vítimas de um golpe de azar colossal”, explica o principal autor do estudo, Steve Brussatte, da Escola de Geociência da Universidade de Edimburgo. “Não se tratou só da queda do asteroide: o ponto é que ela ocorreu no pior momento possível, quando os ecossistemas estavam vulneráveis. Nossas descobertas vão ajudar a esclarecer um dos maiores mistérios da ciência”.

A equipe internacional de cientistas estudou um catálogo atualizado de fósseis para uma compreender como os dinossauros mudaram nos milhões de anos que antecederam a queda do asteroide. Eles descobriram que na época do evento a Terra estava passando por uma turbulência ambiental que incluía uma extensa atividade vulcânica, a mudança do nível dos mares e variações de temperatura.

Os pesquisadores sugerem que, naquela época, a cadeia alimentar dos dinossauros foi enfraquecida pela falta de diversidade entre os grande dinossauros herbívoros que serviam como presas para os carnívoros, provavelmente por causa das mudanças do clima e do ambiente.

Imagem: A fauna dominada pelos dinossauros testemunhou o impacto do asteroide no fim do Período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos atrás e foi substituída no começo do Paleoceno por uma predominância de mamíferos.

Créditos da imagem: Thomas Williamson, Museu de História Natural do Novo México.

Tudo isso gerou uma “tempestade perfeita” que deixou os dinossauros vulneráveis, de modo que era pouco provável que eles sobrevivessem à queda do asteroide. O impacto causou tsunamis, terremotos, incêndios florestais, mudanças súbitas de temperatura e outras mudanças ambientais. Como as cadeias alimentares entraram em colapso, os dinossauros foram dizimados, uma espécie depois da outra. Os únicos dinossauros que sobreviveram foram aqueles que eram capazes de voar, e deles descenderam os pássaros modernos.

Os pesquisadores sugerem que se o asteroide tivesse caído alguns milhões de anos antes, quando a gama de espécies de dinossauros era mais diversificada e as cadeias alimentares eram mais robustas, ou mais tarde, quando as novas espécies tivessem tido tempo de se diversificar, então os dinossauros provavelmente teriam sobrevivido. Estudos em andamento na Espanha e na China podem trazer uma melhor compreensão daquilo que aconteceu nesse período de tempo, mais de 66 milhões de anos atrás.

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