Tratamento com anticorpos sintéticos contra COVID-19 é aprovado nos EUA

O medicamento, chamado bamlanivimab, é um tratamento com anticorpos monoclonais que deve ser administrado por profissionais.
Foto: Joe Raedle / Staff (Getty Images)

Um medicamento comprovado para ajudar a prevenir hospitalizações em pacientes de alto risco com COVID-19 logo estará amplamente disponível nos EUA, graças a uma autorização de emergência da FDA emitida na segunda-feira (9) à noite para uma terapia de anticorpos fabricados pela Eli Lilly & Co.

O medicamento, chamado bamlanivimab, é um tratamento com anticorpos monoclonais que deve ser administrado por profissionais em um hospital ou unidade de saúde. Em um comunicado, a FDA disse que a droga foi “especificamente dirigida contra a proteína spike do SARS-CoV-2, projetada para bloquear a ligação do vírus e a entrada nas células humanas”.

“A autorização de emergência do FDA para o bamlanivimab fornece aos profissionais de saúde na linha de frente desta pandemia outra ferramenta potencial no tratamento de pacientes com COVID-19”, disse a Dra. Patrizia Cavazzoni, diretora interina do Centro para Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, no comunicado . “Continuaremos a avaliar novos dados sobre a segurança e eficácia do bamlanivimab assim que estiverem disponíveis.”

Em outubro, o New England Journal of Medicine publicou os resultados de um ensaio clínico duplo-cego controlado por placebo conduzido com um pequeno número de pacientes com sintomas leves a moderados de COVID-19. A pesquisa descobriu que o tratamento reduziu de forma mensurável o risco de hospitalização e aliviou alguns sintomas.

O medicamento da Eli Lilly oferece aos médicos a oportunidade de começar a combater o vírus antes que sua progressão avance em pacientes de alto risco. O tratamento servirá como um complemento a outros remédios que já receberam aprovação da FDA, como o coquetel antiviral remdesivir da Gilead Sciences Inc., que se destina a pacientes que já estão gravemente enfermos com COVID-19.

A empresa disse que o tratamento seria fornecido aos pacientes sem custo, que estava preparada para ter 100 mil doses do medicamento prontas para embarque em dias e que fabricaria um milhão de doses até o final de 2020.

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