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Nos EUA, as pessoas não têm tempo de piratear, pois estão vendo Netflix

Uma pesquisa da empresa Sandivine aponta que o Netflix reduziu consideravelmente o uso de BiTorrent nos Estados Unidos.

Serviços de video de Streaming já representam 70% do uso de internet dos americanos no período da noite — o que significa que pouquíssimas pessoas estão usando o BitTorrent. Descanse em paz, pirataria. Vida longa ao Netflix.

Segundo os resultados de uma pesquisa da empresa de banda larga Sandvine, o Netflix representa 37% de tráfego downstream (“baixados diretamente de um serviço”) durante o dia. Logo na sequência vem o YouTube (18%), Amazon Video (3%) e iTunes (2,8%). Este foi um ano sensacional para o mercado de streaming, que mais que dobrou a porcentagem de tráfego de internet nos últimos cinco anos.

Um número, no entanto, agora intriga a pesquisa da Sandvine, segundo o grifo do Christian Science Monitor:

Enquanto o serviço de compartilhamento de arquivo BitTorrent já ocupou 31% do total de tráfego da internet em 2008, este ano ele representa 5% do tráfego da internet durante um dia inteiro.

Isso é uma redução incrível do uso de BitTorrent, demostrando que as pessoas estão dispostas a pagar por serviços de vídeo, desde que sejam rápidos, confiáveis e tenham conteúdos relevantes. Com empresas de mídia disponibilizando cada vez mais planos para acessar seus conteúdos sem um set-top-box e companhias, como YouTube e Amazon, fazerem o streaming uma prioridade em suas receitas, a área tende a crescer ainda mais.

É raro prever um futuro onde o Netflix não seja o rei desse setor. A empresa, inclusive, anunciou recentemente que vai quase dobrar a quantidade conteúdos próprios no próximo ano, que passará de 16 para 31. Histórias sobre pirataria serão coisa do passado em breve? “Na minha época, tínhamos que esperar muito tempo para baixar e ver Game of Thrones”, nós vamos dizer, e a nova geração vai olhar para a gente e perguntar: “Mas isso não era uma série do Netflix?”.

[Sandvine, Christian Science Monitor, Wired]

Imagem do topo via Shutterstock

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