Polícia dos EUA teve que pedir para as pessoas pararem de compartilhar vídeo de abuso infantil

Departamentos policiais de todo os EUA estão alertando usuários do Facebook que um vídeo de abuso infantil legendado com um vago pedido de identificação do agressor está se espalhando pelo site por meio de mensagens privadas e atualizações de status – e que compartilhar essa terrível corrente virtual ou apenas ver esse conteúdo é, obviamente, um […]

Departamentos policiais de todo os EUA estão alertando usuários do Facebook que um vídeo de abuso infantil legendado com um vago pedido de identificação do agressor está se espalhando pelo site por meio de mensagens privadas e atualizações de status – e que compartilhar essa terrível corrente virtual ou apenas ver esse conteúdo é, obviamente, um crime que pode resultar em penas sérias e encargos criminais.

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A polícia do Alabama, Flórida, Illinois, Michigan, Massachusetts, Tennessee, Texas e diversos outros estados alertam que a distribuição ou posse de pornografia infantil é um crime e pede a qualquer pessoa que receba o conteúdo que o reporte de forma anônima ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas.

De acordo com o AL.com, a polícia e agentes de ONGs precisaram advertir o público que compartilhar o conteúdo em questão é ilegal mesmo que o objetivo seja expressar indignação ou ajudar a identificar o infrator. A polícia do Condado de Polk, na Flórida, disse a Fox 13 que suas caixas de entrada foram inundadas com denúncias:

O vídeo, de acordo com oficiais da justiça, mostra um homem adulto abusando sexualmente de uma criança.

“POR FAVOR NÃO COMPARTILHE essas imagens ou vídeo”, disse o xerife do Condado de Polk em uma mensagem publicada na página do Facebook do departamento. “Imagens e vídeos que mostram abuso sexual de crianças são pornografia. Compartilhá-los, mesmo se a intenção for ajudar, é um crime e continua a vitimar a criança.

Ainda não se sabe dizer quão disseminadas foram as mensagens – muitas das mensagens da polícia parecem ser preventivas, e é possível que a divulgação do vídeo é muito mais limitada do que sugerem os avisos. Muitos dos departamentos policias parecem simplesmente ouvir sobre o suposto fenômeno por meio de outros departamentos policiais em outros estados, e a internet costuma instigar o pânico em casos de incidentes criminais exagerados. No entanto, neste caso os incidentes atraíram a atenção do FBI, reporta o International Business Times.

Segundo informações do AL.Com, enquanto investigadores da polícia do Alabama afirmam ter confirmado que a imagem se originou no estado e que a vítima e o infrator mostrados no conteúdo foram identificados, a conclusão é contestada pelo grupo Central Alabama Crime Stoppers, que diz que os investigadores não foram capazes de determinar em que ano o vídeo foi gravado.

“Se você receber o vídeo pelas redes sociais, reporte-o a plataforma em questão e o delete imediatamente”, pede Tony Garrett, diretor executivo do Central Alabama Crime Stoppers. “Não o comportilhe, pois isso pode resultar em processos criminais”.

“Caso veja algo dessa natureza entre suas mensagens, não a abra, delete-a imediatamente”, escreve a polícia de Marshall, Texas, de acordo com o Houston Chronicle.

O Facebook iniciou recentemente um novo programa para remover pornô de revanche do site, mas o sistema ainda requer a presença de moderadores humanos para revisar o conteúdo. Segundo informações do The Guardian, ele deveria ser tecnicamente capaz de compilar o traço digital do conteúdo em questão e automaticamente removê-lo do site graças a parcerias com agências como o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas.

No Brasil, denúncias do tipo e de demais categorias podem ser feitas diretamente no site da SaferNET.

[Al.com/Houston Chronicle]

Imagem de topo: Getty

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