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O exoesqueleto robótico de Miguel Nicolelis está pronto para a Copa

Acompanhamos há algum tempo o projeto Andar de Novo, no qual o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis trabalha com uma equipe de 156 cientistas para criar o BRA-Santos Dumont 1. Trata-se de um exoesqueleto robótico que promete devolver a habilidade de andar a pessoas com paralisia. Após 17 meses de trabalho, o projeto Andar de Novo […]

Acompanhamos há algum tempo o projeto Andar de Novo, no qual o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis trabalha com uma equipe de 156 cientistas para criar o BRA-Santos Dumont 1. Trata-se de um exoesqueleto robótico que promete devolver a habilidade de andar a pessoas com paralisia.

Após 17 meses de trabalho, o projeto Andar de Novo anuncia oficialmente que, nesta primeira fase, atingiu todos os seus objetivos científicos, clínicos e tecnológicos. Ou seja, o exoesqueleto está pronto para ser demonstrado em 12 de junho, início da Copa do Mundo no Brasil. Maravilha.

Desde janeiro, oito pacientes da AACD – todos entre 20 a 40 anos e com paralisia dos membros inferiores – participaram dos testes clínicos. Em 28 de abril, três pacientes do Projeto Andar de Novo caminharam pela primeira vez. Nos dias seguintes, os outros também conseguiram andar.

Este mês, os últimos dois pacientes andaram com ajuda do BRA-Santos Dumont 1. Em média, os voluntários caminharam 120 passos com o exoesqueleto.

O BRA-Santos Dumont 1 recebe comandos em tempo real lendo a atividade cerebral capturada por EEG (eletroencefalografia). Ele também se diferencia por dar aos pacientes o feedback tátil de estarem andando: para tanto, há placas flexíveis com sensores de pressão, temperatura e velocidade. Ele possui módulos que sustentam e movem as pernas, mais um backpack de controle.

MAIS: Em vídeo, Miguel Nicolelis mostra mais detalhes de seu exoesqueleto robótico

A fase de testes com humanos foi concluída em 28 de maio. E agora? Na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians (São Paulo), um dos oito pacientes da AACD que participaram dos testes clínicos dará o “chute inicial” na bola Brazuca. Ele (ou ela) vai mover o exoesqueleto somente com a atividade cerebral, assim como no laboratório.

Daqui para a frente, os resultados serão publicados em revistas científicas e o projeto Andar de Novo vai continuar, agora com o objetivo de aperfeiçoar a tecnologia. Para acompanhar o andamento do projeto, fique de olho na página de Nicolelis no Facebook.

Fotos via Facebook

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