Para se expandir pelo mundo, Xiaomi vai guardar dados de usuários fora da China

Uma das maiores fabricantes de smartphones da China, a Xiaomi prepara sua expansão global e, para isso, vai passar a guardar dados de usuários fora de servidores chineses.

A Xiaomi é pouco conhecida fora da China, mas dentro do mercado chinês, é uma das maiores fabricantes de smartphones. A empresa prepara uma expansão global que envolve 14 países (entre eles os Brasil) e, para isso, precisa de algumas adaptações – como, por exemplo, a instalação de um data center na Índia para armazenar dados de usuários indianos.

O anúncio foi feito hoje mas já era esperado. Na semana passada, o brasileiro Hugo Barra, antigo vice-presidente de produtos da divisão do Android, disse que a Xiaomi preparava a mudança de servidores dos dados dos usuários internacionais por questões de desempenho e privacidade. Assim, quem no futuro usar um smartphone da empresa sem estar na China não terá as informações guardadas em servidores chineses, e sim em outros espalhados pelo mundo.

A Índia, por exemplo, receberá um data center da Xiaomi em 2015. A venda de dispositivos da empresa na Índia começou neste ano, mas, segundo a imprensa local, as Força Aéreas Indianas alertaram que esses smartphones enviavam dados para servidores em Beijing, o que criou um questionamento em relação à possibilidade da fabricante coletar informações pessoais sem autorização dos usuários.

Para a Xiaomi, é complicado simplesmente parar de guardar essas informações – o diferencial dos seus smartphones está nos serviços fornecidos pela própria empresa, que adiciona a interface MIUI aos seus dispositivos com Android. Essa oferta de serviços permite baixar o preço dos dispositivos sem prejudicar as receitas da empresa. Um topo de linha da Xiaomi custa aproximadamente US$ 300 e as margens de lucro da venda do aparelho são baixas, mas isso é compensado pelo que a Xiaomi ganha com seus outros serviços.

Uma das próximas paradas da Xiaomi é o mercado brasileiro. Segundo Barra, a empresa trabalhará com operadoras de data centers locais para garantir que a conexão dos usuários brasileiros com os serviços da empresa seja rápida. A empresa já tem um escritório em São Paulo, mas ainda não sabemos quando ela começará a vender smartphones por aqui. [Reuters, TechCrunch, Wired]

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