_Facebook

Seguindo o Google, Facebook acaba com a arbitragem forçada em casos de assédio sexual

Com funcionários da área de tecnologia colocando cada vez mais pressão em seus patrões, o Facebook finalmente optou por acabar com a arbitragem forçada para funcionários que queiram registrar queixas por assédio sexual. Antes, esse tipo de ocorrência só era resolvida a portas fechadas. Agora, reclamações de má conduta podem ser apresentadas à Justiça comum. […]

Jeff Chiu/AP

Com funcionários da área de tecnologia colocando cada vez mais pressão em seus patrões, o Facebook finalmente optou por acabar com a arbitragem forçada para funcionários que queiram registrar queixas por assédio sexual. Antes, esse tipo de ocorrência só era resolvida a portas fechadas. Agora, reclamações de má conduta podem ser apresentadas à Justiça comum.

Terceirizados que trabalham para o Google dizem que processo para denúncia de assédio segue falho
Google pagou US$ 90 milhões para Andy Rubin deixar a empresa depois de acusação de assédio, diz jornal

A pressão por funcionários da área de tecnologia sobre isso ajudou a trazer luz a esta prática. Na semana passada, milhares de funcionários do Google fizeram um protesto após uma reportagem do The New York Times revelar que Andy Rubin, o pai do Android, recebeu US$ 90 milhões e nunca foi punido por repetidas reclamações por má conduta sexual — Rubin em seu Twitter contestou a reportagem. Nesta sexta-feira (9), Sundar Pichai, CEO do Google, anunciou que a companhia acabaria com a arbitragem forçada para funcionários em casos de assédio sexual.

A Microsoft adotou medida parecida em dezembro do ano passado, e a Uber também entrou nessa em maio deste ano. Estas vitórias — obtidas graças à indignação em massa dos trabalhadores e denunciantes individuais, como a ex-engenheira da Uber Susan Fowler — ainda são parciais. Em alguns casos, ações coletivas são ainda proibidas, e as mudanças prometidas pelo Google não abrangem terceirizados, que são grande parte da força de trabalho da companhia. (Em um post no Medium, os organizadores do protesto contra a gigante das buscas disseram que vão continuar pressionando a empresa por reformas).

O Facebook não nos detalhou se a política recém adotada também abrange tais funcionários e atualizaremos, caso a companhia se manifeste sobre o assunto. No entanto, companhia de Mark Zuckerberg disse que essa mudança de política permite ações de classe dos funcionários. Quem trabalha na empresa pode se relacionar com colegas — aliás, as políticas para tais práticas são públicas e podem ser acessadas clicando aqui.

Sobre a nova política do Facebook, Anthony Harrison, diretor corporativo de relações com a mídia, nos enviou o seguinte comunicado

No ano passado, nós publicamos nossa política de assédio, pois acreditamos que com mais empresas estando abertas sobre suas políticas, mais nós conseguimos aprender umas com as outras. Hoje, estamos publicando a atualização de nossa política Relacionamentos no Ambiente de Trabalho e alterando nossos acordos de arbitragem para tornar isso uma escolha, e não um exigência em reclamações sobre assédio. Assédio sexual é algo que nós levamos muito a sério e não há espaço para isso no Facebook.

[WSJ]

Sair da versão mobile