Facebook vai deixar os candidatos políticos do Reino Unido mentirem em anúncios também

Assim como nos EUA, o Facebook não vai verificar anúncios veiculados por políticos britânicos antes das eleições parlamentares no próximo mês.
Imagem: Getty

Os políticos americanos não são os únicos que conseguiram passe livre do Facebook para mentir em anúncios políticos na rede social. De acordo com a CNN, a empresa também estendeu sua política amplamente criticada, bem a tempo das eleições gerais do Reino Unido. E eu pensei que teria que esperar um ano inteiro para ver as consequências de grandes campanhas publicitárias falsas.

Em setembro, o Facebook estendeu suas políticas de moderação “para tratar o discurso de políticos como conteúdo digno de destaque que, como regra geral, deve ser visto e ouvido”, independentemente de quaisquer reivindicações – difamatórias ou não – contidas nele.

Então, assim como nos Estados Unidos, o Facebook não vai fazer uma checagem de fatos em anúncios veiculados por partidos e candidatos políticos britânicos antes das eleições parlamentares no próximo mês. Evento esse que poderia determinar como o Brexit vai se desenrolar ou se vai mesmo acontecer.

No entanto, anúncios de grupos políticos ainda enfrentarão o escrutínio habitual, disse o Facebook à CNN na sexta-feira. Isso inclui, entre outros, o Leave.EU, um grupo pró-Brexit que trabalhou com a empresa de dados políticos Cambridge Analytica antes do referendo público de 2016 sobre a saída da União Europeia. Parece que o Facebook aprendeu pelo menos alguma coisa com as consequências do escândalo da Cambridge Analytica.

O Facebook vem enfrentando muita polêmica desde que reforçou essa política, principalmente à medida que a corrida presidencial de 2020 se intensifica e vários anúncios políticos comprovadamente falsos começaram a aparecer na plataforma. Outros figurões das redes sociais como TikTok e Twitter proibiram completamente os anúncios políticos, movimento que, pelo menos em parte, também funcionam como ataques não tão sutis à impopularidade da decisão do Facebook.

Até os próprios funcionários da empresa chamaram isso de “uma ameaça ao que [o Facebook] representa”), segundo o New York Times. Apesar dessa dissidência supostamente crescente, a posição oficial do Facebook permanece a de que não é sua responsabilidade policiar o que os eleitores veem nos anúncios políticos. E isso não tem absolutamente nada a ver com os dólares que a empresa lucra com anúncios.

[CNN Business]

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