Facebook teria trabalhado em projeto para construir frota de drones de internet do tamanho de pombos

Projeto Catalina teria sido testado usando drones do tamanho de pombos, no que a companhia chamou de "pombonet", ou "pigeonet" no original
Niranjan Shrestha/AP

Aparentemente, o plano do passado do Facebook de construir enormes drones que transmitiriam redes sem fio para partes do mundo sem acesso generalizado à internet de alta velocidade, o Projeto Aquila, não é o único método estranho que a empresa explorou em sua busca pela dominação eletrônica mundial. De acordo com uma reportagem recente no Business Insider, o Facebook trabalhou em um projeto cancelado e intitulado de “Catalina”, que usaria drones muito menores para ajudar a aumentar a velocidade sem fio.

Uma fonte disse ao site que o Catalina “começou no final de 2017 ou antes” e continuou após o fim do Aquila em junho de 2018. Batizado em homenagem à Ilha Santa Catalina, uma massa terrestre ao largo da costa da Califórnia que em um momento usou pombos para comunicação com o continente, o projeto envolveu drones de asa fixa “mais próximos de um pardal do que de uma águia”, que usavam SSDs de alta densidade para transportar dados para usuários que poderiam ter uma experiência quase proibitiva (de tão lenta) de transmissão de dados em conexões lentas. O Business Insider escreveu:

O Facebook explorou recentemente a construção de drones em tamanho de pássaro carregados com dados para ajudar a melhorar as conexões de internet das pessoas.

O gigante da tecnologia com sede em Menlo Park, na Califórnia, trabalhou em um projeto vanguardista chamado Catalina nos últimos anos, que visava construir pequenas aeronaves de asa fixa capazes de transportar mídia para comunidades para aumentar as conexões de internet lentas como o 2G, descobriu o Business Insider.

… O Facebook tinha planejado primeiro testá-lo com conteúdo para seus aplicativos principais, como o Messenger, e eventualmente expandir o serviço aéreo para aplicativos de terceiros, como YouTube e Netflix — uma indicação de como os esforços de conectividade do Facebook agem como um veículo para impulsionar o crescimento e o engajamento dos usuários no Facebook, tanto quanto para melhorar o acesso a outros serviços de internet.

Não está muito claro na reportagem como isso teria funcionado — como o Engadget apontou, o conceito parece implicar que os drones “transmitiriam informações entre a infraestrutura móvel tradicional de longe e os telefones celulares das pessoas”, enquanto o Verge sugeriu que eles atuariam como uma rede mesh. No entanto, a reportagem não traz muitos detalhes técnicos ou informações sobre o quão bem o projeto funcionou, exceto por uma menção de que a equipe do Facebook apelidou o modelo de drone de “pigeonet” (algo como “pombonet”).

O mais antigo Projeto Aquila viu seu fim depois de relatos de problemas técnicos graves, com pelo menos dois testes resultando em danos durante as aterrissagens. Os críticos tinham especulado se o plano era realmente um bom uso dos recursos do Facebook, em oposição aos métodos mais tradicionais de construção de infraestrutura de internet. Embora o Aquila tenha sido descartado, o Facebook disse que continuaria se concentrando nas tecnologias de conectividade subjacentes para possível uso em aeronaves de outros fabricantes. Mais tarde, foi noticiado que a empresa estava trabalhando em um projeto para testar satélites de órbita terrestre baixa que forneceriam acesso à internet em áreas mal servidas.

Como o Business Insider apontou, o Facebook usou outros métodos para tentar se expandir para lugares onde a infraestrutura de internet ainda não atingiu um alto estágio de desenvolvimento, incluindo seu programa Free Basics — que oferece aos usuários uma versão “jardim murado” da internet —, o programa de acesso rural sem fio OpenCellular e um programa chamado “Street Feet”. Este último implicava, aparentemente, em abordar moradores locais em mercados emergentes como Bangladesh e Tanzânia e tentar persuadi-los a criar contas no Facebook, segundo informou uma fonte ao Business Insider.

[Business Insider via Engadget]

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