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Foco do Facebook é em colocar em prática programa de privacidade sugerido pelos EUA, diz Zuckerberg

Em entrevista para a Fox News, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse que empresa está concentrada em criar mecanismo de privacidade.

Mark Zuckerberg na conferência de desenvolvedores do Facebook

Justin Sullivan/Getty Images

O foco principal do Facebook no momento é a implementação de um programa de privacidade exigido pela FTC (Comissão Federal de Comércio dos EUA), disse o CEO da companhia, Mark Zuckerberg, em uma recente entrevista para a Fox News. Se você nutre um pessimismo saudável quanto à rede, saiba que você não está tão errado assim: os federais tem incomodado o Facebook para levar a sério essa iniciativa há quase uma década, bem antes do escândalo da Cambridge Analytica.

A FTC multou o Facebook em US$ 5 bilhões em julho (uma quantia impressionante até você perceber que é menos de um terço dos ganhos do primeiro trimestre da empresa este ano) pelo incidente em que 87 milhões de usuários tiveram seu dados pessoais comprometidos. O Facebook também continua realizando investigações da FTC e do Departamento de Justiça, embora por questões antitruste.

Na entrevista, Zuckerberg disse que mais de 1.000 funcionários estão planejados para trabalhar em um “programa abrangente de privacidade para proteger as informações dos consumidores” exigido pela FTC. O Facebook originalmente concordou com esse pedido em 2012, após uma situação de falta de privacidade ocorrida em 2012, embora não tenha sido tão grande. Um dos executivos veteranos de marketing da empresa, Michael Protti, já foi escolhido como diretor do programa de privacidade.

O que diz o programa de privacidade proposto pelo Facebook. Crédito: Facebook

“Estamos fazendo os mesmos controles internos e auditorias em torno dos dados pessoais das pessoas que fazemos como uma empresa pública em torno dos dados financeiros e das informações que temos”, disse Zuckerberg à Fox News.

No total, ele disse que a companhia tem cerca de 30 mil funcionários designados apenas para manter a segurança on-line e um orçamento dedicado a esse fim que supostamente supera toda a receita anual do Facebook quando foi aberta em 2012.

“Entendo que as pessoas têm muitas preocupações com isso e, no passado, cometemos erros e precisamos garantir que possamos ganhar a confiança das pessoas”, continuou Zuckerberg. “Podemos fazer isso operando com um nível de rigor e tendo um programa de privacidade que define um novo padrão para o setor ao longo do tempo”.

Temos ouvido muitos dos compromissos e reivindicações de Zuckerberg há muito tempo. Até porque seus executivos estão preocupados com a queda nas pesquisas de confiança dos usuários nos EUA em resposta a qualquer um desses escândalos nos últimos anos:

No início do ano, Zuckerberg chamou o Facebook de um “inovador em privacidade”. Resta saber se dessa vez vai ser sério mesmo.

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