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Facebook mandou Instagram dobrar o número de anúncios, pressionando a plataforma a gerar lucro

Desde que os criadores deixaram o Instagram nas mãos do Facebook, a plataforma dobrou o número de anúncios e tem recebido recursos de compra dentro do app.

Getty

Se você tem a impressão de que está vendo cada vez mais anúncios no Instagram, saiba que isso não é coisa só da sua cabeça. De fato, a plataforma dobrou o número de anúncios nos últimos 11 meses por ordem do Facebook, segundo publicação do The Information na quinta-feira (22).

Foi nesse período, há 11 meses, que os fundadores Kevin Systrom e Mike Krieger deixaram o Instagram nas mãos de Mark Zuckerberg e seu vice, Adam Mosseri. Conforme aponta o The Verge, essas mudanças na liderança impactaram diretamente a plataforma.

O Instagram representa um produto muito lucrativo e promissor. Em 2016, a rede social atingiu pela primeira vez uma receita de US$ 1 bilhão e a expectativa é que esse número chegue a US$ 15,8 bilhões este ano, diz o The Information. Parte desse crescimento, de fato, foi graças ao Facebook. No entanto, a ambição da empresa de Zuckerberg pode estar interferindo excessivamente na própria identidade do Instagram.

Para quem já costumava utilizar bastante a rede social antes de ela ser adquirida pelo Facebook, pode ter estranhado, e até se incomodado, com a introdução crescente de anúncios. Além dos posts patrocinados no meio do feed, há diversos deles intercalados entre os stories. Somando-se a isso, com os esforços de introduzir recursos de compra dentro do próprio app, o The Verge diz que o Instagram pode acabar se tornando um catálogo de produtos.

O site ainda acrescenta que essas mudanças no aplicativo são reflexo das próprias mudanças que estão sendo feitas dentro da empresa. A presença do Facebook é cada vez maior e se manifesta por todos os lados – desde quem ocupa as cadeiras nas salas dos executivos até o e-mail dos funcionários, que agora mudou para “fb.com”. Isso sem contar com o “Instagram do Facebook”, o novo nome que a empresa de Zuckerberg fez questão de dar à plataforma para deixar bem claro que ela agora é propriedade sua.

[The Verge]

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