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Facebook disponibilizará ferramentas de controle de privacidade da UE para todos

Mark Zuckerberg foi questionado durante os depoimentos ao Congresso americano se as regras previstas pela GDPR (Regulamentação de Proteção de Dados Gerais da Europa) seriam aplicadas para os usuários de todo o mundo. O executivo foi evasivo, mas deu a entender que sim, todos teriam acesso. Nesta quarta-feira (18), o Facebook anunciou que, independente de […]

Mark Zuckerberg foi questionado durante os depoimentos ao Congresso americano se as regras previstas pela GDPR (Regulamentação de Proteção de Dados Gerais da Europa) seriam aplicadas para os usuários de todo o mundo. O executivo foi evasivo, mas deu a entender que sim, todos teriam acesso. Nesta quarta-feira (18), o Facebook anunciou que, independente de onde você esteja, as ferramentas de controle de privacidade previstas pela lei europeia estarão acessíveis.

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A partir de hoje os usuários verão uma mensagem no topo do feed de notícias (seja pelo computador ou celular), pedindo uma revisão das escolhas de privacidade. A onda de liberação deve começar na União Europeia e no Canadá e depois se ser estendida para outros países. Três pontos serão abordados:

– Você poderá escolher se os dados de uso externos ao Facebook (como informações coletadas por sites que utilizam o botão “Curtir” da rede) poderão ser utilizados para te mostrar publicidade direcionada;

– Se informações sobre posicionamento político, religioso e de status de relacionamentos do perfil poderão ser utilizadas para direcionar anúncios e se você quer apagar alguma coisa que já está disponível no Facebook;

– Para os europeus, haverá a opção de habilitar a ferramenta de reconhecimento facial, que estava proibida até agora. A rede social explica que a funcionalidade ajuda a descobrir quando alguém publica fotos em que a pessoa aparece e posiciona a funcionalidade como uma medida de segurança. Mas como já apontamos aqui, o rosto é um dado biométrico bem valioso.

Serão disponibilizadas algumas proteções para adolescentes, posicionamento também exigido pela lei europeia. “Mesmo em lugares em que a lei não exige, iremos perguntar aos adolescentes se querem ver anúncios baseados em seus dados a partir de parceiros e se querem incluir suas informações pessoais em seus perfis”, aponta o anúncio oficial. Em alguns países da União Europeia, serão os pais ou responsáveis que decidirão sobre essa permissão.

Por aqui, recebi pela manhã um pedido de revisão de permissão de aplicativos conectados à minha conta do Facebook. O restante dos ajustes, sobre o compartilhamento de informações pessoais, ainda não apareceu.

O que é a regulamentação europeia?

A GDPR demanda que empresas informem aos usuários como seus dados são coletados, se são vendidos ou compartilhados, requer também consenso do utilizador antes de iniciar a coleta e cria um restrito prazo de 72 horas para as companhias informarem publicamente sobre vazamento de dados. A punição por violar o GDPR é o pagamento de salgadas multas: até 4% do lucro global da companhia. Para o Facebook, isso significaria bilhões.

Imagem do topo: AP

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