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Facebook apaga leva de páginas anti-PT sob acusação de serem “fazendas de anúncios”

O Facebook anunciou mais uma leva de páginas e contas excluídas por atividades inautênticas ou de spam. No caso, a rede removeu 68 páginas e 43 contas associadas ao grupo brasileiro RFA (Raposo Fernandes Associados), que postavam uma série de conteúdos anti-PT. A grande questão aqui é o modus operandi das páginas do grupo, e […]

Logotipo do Facebook com lupa

O Facebook anunciou mais uma leva de páginas e contas excluídas por atividades inautênticas ou de spam. No caso, a rede removeu 68 páginas e 43 contas associadas ao grupo brasileiro RFA (Raposo Fernandes Associados), que postavam uma série de conteúdos anti-PT.

A grande questão aqui é o modus operandi das páginas do grupo, e não o conteúdo em si, segundo o Facebook. A rede fala que eles enviavam uma série de spams e divulgavam notícias chamativas em suas páginas do Facebook. As pessoas clicavam e acessavam páginas com uma série de propagandas, criando, assim, o que é chamado de uma “fazenda de anúncios”. Os administradores ainda contavam com uma série de contas falsas para publicar e se engajar com as páginas.

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As atividades das páginas do grupo já estavam sendo observadas há um tempo. No último dia 12 de outubro, o Estado de S. Paulo publicou uma reportagem dizendo que eles tinham mais engajamento que páginas de celebridades como Neymar, Anitta e Madonna.

Dentre as páginas que faziam parte do grupo RFA estão “Gazeta Social”, “Folha Política”, “MCC – Movimento Contra Corrupção” e “Correio do Poder”, para citar alguns exemplos.

Algumas das páginas pertencentes ao grupo RFA. Crédito: Facebook

O Facebook explica com detalhes os motivos da exclusão abaixo (grifo nosso):

As pessoas por trás da RFA criaram Páginas usando contas falsas ou múltiplas contas com os mesmos nomes, o que viola nossas políticas. Eles então usavam essas Páginas para publicar uma grande quantidade de artigos caça-cliques, com o objetivo de direcionar as pessoas para seus sites fora do Facebook.

Esses sites, por sua vez, têm uma grande quantidade de anúncios programáticos e pouco conteúdo, funcionando como “fazendas de anúncios” (“ad farms”, em Inglês). Nós baseamos nossa decisão de remover essas Páginas pelo comportamento delas – como o fato de que estavam usando contas falsas e repetidamente publicando spam –, e não pelo conteúdo que estavam postando. Esse comportamento foi detectado no Facebook, e não há sinais de abuso em nossos outros aplicativos.

Em função da questão eleitoral (ou não), o fato é que as coisas têm sido movimentadas na esfera social. O Facebook neste ano já excluiu contas do MBL (Movimento Brasil Livre) e, mais recentemente, apagou uma rede de páginas e contas pró-PT (Partido dos Trabalhadores).

O que parece que ainda falta ser resolvida é a questão do WhatsApp. Na semana passada, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem falando de disseminação de mensagens pelo aplicativo pagas por empresários. Após a publicação, o jornal ainda noticiou uma reportagem com propostas desses pacotes de mensagens que, supostamente, teriam como objetivo falar mal do PT. O WhatsApp chegou a anunciar a exclusão de mais de 100 mil contas, mas, a essa altura do campeonato, não deve mudar muito o cenário político.

[Facebook]

Imagem do topo: AP

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