Facebook vai barrar anúncios políticos que não sejam oficiais no Brasil

O Facebook anunciou que a partir de agosto todo anunciante que quiser criar anúncios no Brasil sobre temas políticos ou eleições no Facebook e Instagram deverá passar por um processo de autorização e acrescentar um rótulo para indicar anúncios políticos.
Ícone do Facebook
Crédito: Getty

Ainda não sabemos qual será a programação das eleições municipais que deveriam acontecer em outubro de 2020, mas as campanhas já estão começando. O Facebook, por sua vez, anunciou que a partir de agosto todo anunciante que quiser criar anúncios no Brasil sobre temas políticos ou eleições no Facebook e Instagram deverá passar por um processo de autorização e acrescentar um rótulo para indicar anúncios políticos.

Esses rótulos já estão disponíveis desde 2018, mas passaram por algumas mudanças. A partir de agosto de 2020, os anúncios sobre temas políticos que não forem identificados pelos anunciantes com um dos rótulos serão rejeitados.

Além disso, as publicações com o rótulo “Pago por” ou “Propaganda Eleitoral” ficarão disponíveis por sete anos na Biblioteca de Anúncios, também disponível desde 2018 no Brasil. A partir desta ferramenta os usuários podem ter detalhes sobre as peças publicitárias e verificar informações como estimativa de gastos e o número de vezes que a publicação foi visualizada.

Para anunciantes, começa nesta quarta-feira (24) a verificação de identidade, que também será obrigatória a partir de agosto. As pessoas ou empresas precisão fornecer dados que confirmem a identidade, além de comprovarem que tem uma residência no país. Dados como telefone, e-mail e um website, número do CNPJ ou CPF também estão inclusos nessa checagem

O Facebook esclarece, em comunicado, o que é considerado um anúncio político:

For preparado por, encomendado em nome de ou relacionado a um candidato atual ou ex-candidato a um cargo público, a uma figura política, a um partido político ou que defende o resultado de uma eleição a um cargo público; ou

Sobre eleições, referendos ou iniciativas de votação, incluindo campanhas de incentivo ao voto ou eleitorais.

As informações sobre quem fez o anúncio ficarão disponíveis no topo de cada publicação ao clicar no ícone “i” e na Biblioteca de Anúncios por sete anos. Os rótulos “Pago por” ou “Propaganda Eleitoral” ficam no topo do post, perto das informações de horário de publicação.

Recentemente, o Twitter e Spotify decidiram banir anúncios políticos em suas plataformas, de olho nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que também acontecem neste ano. Por lá, o Google anunciou restrições para a microsegmentação de campanhas políticas. Já o Facebook continua permitindo esse tipo de publicidade – pelo menos nos EUA, a rede social anunciou que as pessoas poderiam bloquear anúncios políticos.

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