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Como um único usuário ‘quebrou a internet’ e derrubou vários sites na última terça (8)

Falha de rede tirou do ar vários sites internacionais. Segundo a empresa responsável, problema foi totalmente corrigido.

Imagem: Dean Mouhtaropoulos (Getty Images)

Imagem: Dean Mouhtaropoulos (Getty Images)

Nas primeiras horas da manhã da última terça-feira (8), um fornecedor de tecnologia chamado Fastly passou por uma grande paralisação que quebrou alguns dos maiores sites da web. E agora sabemos o porquê. Foi tudo “obra” de um dos clientes da própria Fastly.

Em uma postagem publicada na noite desta quarta (9), o vice-presidente de engenharia da companhia, Nick Rockwell, explicou que a empresa “experimentou uma interrupção global devido a um bug de software não descoberto”, que apareceu quando um único cliente reconfigurou sua conexão com a internet.

Rockwell afirma que a Fastly lançou uma atualização de software em meados de maio. Esse update em questão também incluiu um erro acidental que poderia ser acionado em circunstâncias específicas.

Nas primeiras horas da manhã de 8 de junho, um dos clientes da Fastly, sem saber da existência do problema, acabou por ativar o bug enquanto religava sua conexão de internet por meio de uma “mudança de configuração válida”. Antes que a Fastly percebesse, 85% de toda a rede da empresa começou a retornar erros e os sites pararam de carregar.

Segundo Rockwell, o Fastly notou a interrupção global “em um minuto” e, em seguida, corrigiu o problema. “Em 49 minutos, 95% de nossa rede estava operando normalmente. A interrupção foi ampla e severa, e lamentamos muito o impacto para nossos clientes e todos que dependem deles”, explicou o executivo.

Acontece que são muitas pessoas. Junto com empresas como Cloudflare e Akami, a Fastly é uma das maiores companhias que integram uma “rede de distribuição de conteúdo” (CDN) que detém vastas áreas da internet, permitindo que sites armazenem seus dados na nuvem. Guardar essas informações não significa apenas que o conteúdo chegue ao seu navegador mais rápido, mas também que mais pessoas podem acessar esse conteúdo simultaneamente.

Pelo menos é isso o que deveria acontecer. Mas soluços tecnológicos surgem o tempo todo e as CDNs não estão imunes. Em 2019, a Cloudflare passou por uma interrupção semelhante, levando plataformas como Dropbox, Medium e Soundcloud a pararem de funcionar. Em 2017, o Amazon Web Services (AWS) ficou offline por quatro horas, impedindo o acesso a serviços como Netflix e Spotify.

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