Ciência

Fato ou mito: trabalhar em pé é mais saudável?

Mesas em pé podem ajudar a preservar a saúde durante o trabalho? Pesquisa explica se ficar de pé é mais saudável do que sentado
Imagem: Reprodução/Unsplash

É certo que ficar muito tempo sentado pode ser prejudicial à saúde — e até aumentar o risco de morte precoce. Como forma de reduzir os perigos, nos últimos tempos, as mesas em pé começaram a se tornar populares entre quem trabalha em frente ao computador. Mas será que elas resolvem mesmo o problema?

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Apesar de alguns estudos apontarem benefícios das mesas em pé para a saúde cardiovascular e metabólica, novas pesquisas sugerem que os efeitos não sejam tão significativos. Isso porque o problema, na verdade, não é ficar sentado: é ficar parado.

Um estudo recente da Universidade de Sydney, na Austrália, descobriu que mesas em pé não melhoram a saúde cardíaca. No entanto, elas também não a prejudicam, diferente das mesas comuns.

O estudo rastreou dados de mais de 83 mil pessoas no Reino Unido por cerca de sete anos. Eles usaram um acelerômetro de pulso por ao menos quatro dias, a fim de determinar quando estavam sentados, em pé, caminhando ou correndo.

Os pesquisadores consideraram seus resultados de saúde nos registros médicos nas categorias cardiovascular e doença circulatória ortostática. Isso porque ficar sentado ou em pé por muito tempo pode representar riscos para o desenvolvimento de doenças circulatórias.

Ficar em pé é melhor para a saúde cardiovascular?

De acordo com os resultados, quando o tempo total de permanência dos participantes (sentados e em pé) ultrapassava 12 horas por dia, o risco de doença circulatória ortostática aumentava 22% por hora adicional, enquanto o risco de doença cardiovascular aumentava 13% por hora.

Já sentados, os riscos aumentavam a cada hora após 10 horas. Foram 26% por hora adicional para doença circulatória ortostática e 15% para doença cardiovascular. Em pé, o risco de doença circulatória aumentou após duas horas (11% a cada 30 minutos). Contudo, ficar em pé não demonstrou impacto na doença cardiovascular.

Entretanto, limitar-se a menos de 10 horas sentado ou de duas horas em pé ajuda (pouco) a proteger contra a doença circulatória. Um total de nove horas sentado e 1,5 hora em pé reduziu o risco de doença circulatória ortostática, conforme o estudo.

Ou seja, o ideal seria se manter parado por menos de 12 horas, sendo menos de 10 sentado. Sendo assim, a recomendação é fazer pausas no trabalho e se exercitar com frequência.

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Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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