FBI pode ativar microfone de celulares e laptops para gravar conversas

Em nova reportagem, o Wall Street Journal revela as táticas hacker que o FBI usa para espionar pessoas. E elas vão longe: de acordo com um ex-oficial dos EUA, o órgão consegue “ativar remotamente o microfone em telefones que rodam o software Android, do Google, para gravar conversas”. Além de gravar conversas em smartphones Android, […]

Em nova reportagem, o Wall Street Journal revela as táticas hacker que o FBI usa para espionar pessoas. E elas vão longe: de acordo com um ex-oficial dos EUA, o órgão consegue “ativar remotamente o microfone em telefones que rodam o software Android, do Google, para gravar conversas”.

Além de gravar conversas em smartphones Android, o FBI consegue ativar microfones em laptops, e sem que ninguém saiba. Tanto o Google como o FBI não comentaram o caso com o WSJ.

Em geral, as ferramentas de vigilância são instaladas remotamente, enviando um arquivo ou link malicioso para o alvo. Em certos casos, no entanto, o órgão obtém acesso físico ao computador e instala tudo através de um pendrive.

O FBI está desenvolvendo estas técnicas há mais de uma década, e ela funciona até mesmo com celulares simples. Em 2006, a CNET divulgava que certos dumbphones eram especialmente vulneráveis à espionagem, e tudo seria feito através de um software instalado pela operadora “sem o conhecimento do usuário”.

Supostamente, estas técnicas são direcionadas para casos que envolvem crime organizado, pornografia infantil e terrorismo. No entanto, o FBI raramente usa seus hackers para investigar outros hackers: eles temem que suas táticas sejam descobertas e divulgadas. O órgão contrata programadores para escrever o código malicioso, e também compra soluções da iniciativa privada.

Estas revelações vêm de documentos de processos judiciais e fontes anônimas relacionadas ao FBI. Outros detalhes da reportagem do WSJ revelam a Unidade de Operações Remotas, encarregada dos esforços hacker do FBI. O órgão afirma que apenas reúne “dados relevantes” com isso – mas não é algo exatamente reconfortante. [WSJ]

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