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Fitbit está estudando se suas pulseiras podem detectar o coronavírus no começo da doença

A Fitbit está lançando um estudo para determinar se os dados coletados por suas pulseiras fitness podem ser utilizados para diagnosticar o COVID-19 antes de os sintomas se tornarem perceptíveis – até mesmo antes de a febre e tosse aparecerem.

Fitbit ao lado de smartphone

Crédito: Victoria Song/Gizmodo

Quase todo mundo que tem uma Fitbit usa a pulseira dia e noite, o que dá à companhia uma tonelada de dados sobre saúde. A empresa está lançando agora um estudo para determinar se todos os esses dados podem ser utilizados para diagnosticar o COVID-19 antes de os sintomas se tornarem perceptíveis – até mesmo antes de a febre e tosse aparecerem.

O Fitbit Covid-19 Study, lançado nesta sexta-feira (22), irá coletar dados de voluntários que serão utilizados para desenvolver um algoritmo que pode, no futuro, se tornar uma ferramenta de diagnóstico de COVID-19 diretamente nos dispositivos Fitbit.

Os dados da Fitbit já estão sendo utilizados em pesquisas conduzidas pela Scripps e pela Stanford Medicine, que buscam entender se os dispositivos vestíveis podem detectar as sintomas causados pelo novo coronavírus. Mas esses estudos não estão sendo usados para construir algoritmos de diagnóstico.

Quem tem uma Fitbit e mora nos EUA ou Canadá pode se inscrever para o estudo no aplicativo da companhia. A empresa está procurando especificamente pessoas com mais de 21 anos de idade que atualmente ou têm COVID-19 ou se recuperaram do vírus, ou aqueles que têm sintomas de gripe, para contribuir com dados para o estudo. Será preciso preencher um questionário sobre os sintomas e histórico médico, e então a Fitbit irá monitorar seus dados como parte do estudo.

Neste momento, não está claro se uma pulseira fitness ou um smartwatch pode detectar o COVID-19 antes que os sintomas se apresentem, mas os estudos já em andamento estão examinando a ligação entre níveis de oxigenação do sangue, frequência respiratória e frequência cardíaca, entre outras métricas, para ver se esses níveis mudam drasticamente o suficiente para que um dispositivo possa alertá-lo de que você provavelmente contraiu o novo coronavírus.

A Fitbit também está realizando seu próprio estudo sobre fibrilação atrial (ou ritmo cardíaco irregular) para ver se seus dispositivos podem diagnosticar a doença que contribui para centenas de milhares de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais por ano. Os resultados desse estudo serão enviados para a U.S. Food and Drug Administration (FDA, órgão equivalente à Anvisa) como parte de um pedido de aprovação de um recurso de diagnóstico em futuros aparelhos Fitbit.

A Fitbit não deu um cronograma de quando eles esperam finalizar o estudo ou publicar os resultados, ou se vão procurar a liberação do FDA para um recurso de diagnóstico do coronavírus. Nós entramos em contato com a companhia e atualizaremos se/quando recebermos uma resposta. A CNBC informou no início desta semana que a Fitbit está fabricando ventiladores pulmonares de emergência a baixo custo e procurará a aprovação do FDA para esses dispositivos em breve.

A Fitbit está perto de ser adquirida pelo Google em um negócio de US$ 2,1 bilhões que está aguardando aprovação regulatória.

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