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Novo fóssil revela que pinguins do tamanho de humanos viveram na Nova Zelândia

Um novo fóssil descoberto vai aumentar ainda mais a lista de aves ridiculamente grandes da Nova Zelândia: um pinguim de um metro e meio de altura. Na semana passada, informamos que os pesquisadores encontraram evidências fósseis de um papagaio do tamanho de uma criança em uma rocha de 16 milhões de anos. Alguns desses pesquisadores […]

Imagem em 3D mostra um pinguim e uma mulher. O pinguim tem o dobro da largura da mulher e uma altura um pouco menor.

Modelo do pinguim e de uma pessoa, possivelmente falando sobre negócios ou algo do tipo. Gráfico: Museu de Canterbury

Um novo fóssil descoberto vai aumentar ainda mais a lista de aves ridiculamente grandes da Nova Zelândia: um pinguim de um metro e meio de altura.

Na semana passada, informamos que os pesquisadores encontraram evidências fósseis de um papagaio do tamanho de uma criança em uma rocha de 16 milhões de anos. Alguns desses pesquisadores anunciaram agora a descoberta de um pinguim grandalhão. A espécie poderia chegar a mais de 1,50 metro de altura e mais de 60 quilos de peso, de acordo com um comunicado do Museu de Canterbury. Para comparação, os pinguins imperadores de hoje podem crescer até 1,20 metros. Essas aves antigos podem ter crescido até ficar desse tamanho por razões diferentes das outras aves gigantes da Nova Zelândia.

“Um tamanho muito grande (…) é provável que tenha sido devido à competição inter e intraespecífica por criadouros e recursos alimentares em terra e no mar”, escrevem os autores no artigo publicado esta semana em Alcheringa: An Australasian Jornal de Paleontologia.

A paleontóloga amadora Leigh Love encontrou os espécimes fósseis em uma formação rochosa ao lado do rio Waipara, na Ilha Sul da Nova Zelândia, em 2018, de acordo com o comunicado. O achado consistiu em ossos da perna, bem como ossos que podem ser da nadadeira, cuja forma não parece pertencer a nenhuma de várias outras espécies de pinguins grandes que os pesquisadores encontraram no passado.

Eles nomearam provisoriamente a ave de Crossvallia waiparensis, atribuindo-a ao gênero Crossvalia, ao qual também pertence outro grande pinguim, e dando o nome de waiparensis por causa do do rio Waipara.

O formato dos ossos da perna diferem daqueles das espécies de pinguins mais recentes, de acordo com o artigo, sugerindo aos pesquisadores que essas aves podem ter sido nadadoras mais fortes. Outra possibilidade é que elas ainda não tinham se adaptado a uma postura ereta.

Por mais robusto que este espécime seja, ele não é o maior pinguim fóssil já descoberto, nem mesmo o maior pinguim fóssil encontrado na Nova Zelândia. Esse título vai para o Kumimanu biceae, que podia pesar até 90 kg.

O Crossvallia waiparensis não é apenas grande. Ele também é velho, entre os mais antigos dos pinguins — e olha que eles já estão entre as aves modernas mais antigas. Este fóssil confirma que os pinguins desenvolveram seu tamanho gigante no início de sua evolução, de acordo com a publicação, e demonstra que a Nova Zelândia era provavelmente um ponto quente para espécies de pinguins durante o período Paleoceno, que se seguiu à extinção dos dinossauros não aviários.

Junto com o enorme papagaio da semana passada, este poderoso pinguim só reforça a ideia de que a Nova Zelândia pré-histórica era uma terra fantástica, com algumas criaturas deliciosamente estranhas.

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