_Wearables

Fossil Sport é um sólido smartwatch da nova geração com Wear OS

Tenho vários amigos que não gostam da Apple e que sempre me perguntam: “Qual é o melhor smartwatch com Wear OS?” E eu sempre digo a mesma coisa: são todos meio ruins. Dito isso, o Fossil Sport pode ser o primeiro candidato a esse título. Por quê? Neste momento, o Sport é o único relógio […]

Sam Rutherford (Gizmodo)

Tenho vários amigos que não gostam da Apple e que sempre me perguntam: “Qual é o melhor smartwatch com Wear OS?” E eu sempre digo a mesma coisa: são todos meio ruins. Dito isso, o Fossil Sport pode ser o primeiro candidato a esse título.

Por quê? Neste momento, o Sport é o único relógio com Android além do Montblanc Summit 2 que vem com o processador Snapdragon 3100 da Qualcomm. Isso é importante porque a plataforma do Wear OS parecia presa no processador Snapdragon 2100, lançado há dois anos.

• Novo chip da Qualcomm, Snapdragon Wear 3100 pode revitalizar mercado de smartwatches
• Por que os chineses estão colocando medidores de atividade física em rolos de papel higiênico?

Teoricamente, o Sport deve ser um produto mais durável e capaz de suportar funcionalidades que exigem mais potência. E no papel, parece que esse é o caso. Ele tem monitor de atividade cardíaca, pagamentos NFC e GPS – nada mal para um smartwatch de US$ 255 (R$ 955, na cotação atual).

Ele não é tão grande para os meus pulsos finos. Foto: Sam Rutherford (Gizmodo)

A grande questão é se o novo processador do relógio é capaz de lidar bem com o redesign do Wear OS que o Google liberou há algumas semanas. Eu tive a oportunidade de testar as novidades do sistema no mês passado, usando um Fossil ligeiramente mais antigo. Fiquei decepcionada com a lentidão e autonomia fraca de bateria, que durava entre 12 e 15 horas.

Ainda não passei muitas horas com o Fossil Sport, mas já deu para sentir que ele é muito mais fluido.

E no estilo clássico Fossil, o Sport é elegante e eu gostei que ele não ficou gigantesco no meu pulso. Dá para escolher entre as opções de 41mn e 43mm. O corpo de nylon com a coroa de alumínio o transforma em um relógio bem leve.

Os relógios Android antigos tendem a ser meio desajeitados e pesados. Claramente não foram pensados para mulheres, nem para qualquer tipo de atividade mais rigorosa.

Esse modelo me lembra um pouco do LG Watch Style – o que é algo bom, já que esse foi um dos relógios menos feios dos últimos dois anos. A principal diferença é que o design do Sport tem cores vibrantes.

As opções de cores do Fossil Sport são tantas que parece que você está olhando para um arco-íris. Foto: Sam Rutherford (Gizmodo)

E, olha, o Sport vem em muitas cores. Seis para ser mais exata: blush, preto, cinza, azul claro, vermelho e neon. Cada um deles vem com uma pulseira da mesma cor, só que bem colorida. Tão colorida que se juntar todas parece que você está olhando para um arco-íris.

E se essa combinação de cores não for o suficiente, é possível usar um monte de pulseiras diferentes. A Fossil diz que as combinações são infinitas, e eu estou aqui para confirmar que, sim, a única coisa que pode te limitar é o seu dinheiro.

Agora, se esse relógio é bom para esportes, tenho lá minhas dúvidas. Os relógios com Wear OS não são conhecidos por serem precisos com monitoramento de atividades físicas, mas fazem um bom trabalho no monitoramento de atividades gerais. Para quem é hardcore, eles não costumam se destacar.

Terei que ver isso em testes mais aprofundados, mas não ficaria surpresa se o Fossil Sport se mostrar apenas um relógio mais casual, com uma estética esportiva. Ele é, no entanto, à prova d’água. Boa notícia para os nadadores.

Em termos de especificações, o Sport não tem nada muito fora do comum. Dentro dele vem o tradicional altímetro, acelerômetro, giroscópio e sensores de iluminação. Ele também suporta tecnologia de carregamento rápido, que segundo a fabricante faz ele ir de zero a 80% de bateria em 50 minutos.

Visual esportivo. Iluminação neon. Cores. Foto: Sam Rutherford (Gizmodo)

Falando de bateria, o Sport promete autonomia de “24+” horas. A quantidade exata depende do seu uso, mas já parece ser uma melhoria em relação aos relógios Android mais antigos que aguentavam entre 12 e 16 horas.

Se você curte algumas funções inteligentes, a Fossil me disse que quando o relógio fica com 9% de bateria, ele entra em um modo ambiente que só mostra o horário – e que, nesse modo, ele fica ligado por cerca de cinco dias.

Ainda assim, a “autonomia de bateria melhorada” é um pouco decepcionante. Não importa como você divida esse número, é muito menos do que os 3-5 dias prometidos no Samsung Galaxy Watch ou nos Fitbits. Dito isso, o Apple Watch ainda se arrasta na categoria dos relógios com um dia de autonomia, então fica claro o porquê dos consumidores ainda não exigirem mais, mesmo que seja inconveniente.

Quando eu digo que o Fossil Sport pode desafiar o título de melhor smartwatch Wear OS, não fique muito animado. Por enquanto, ele tem o melhor processador para rodar a nova versão do sistema operacional, o design é bacana, pode ser usado para fazer exercícios e ele não é tão caro. O nível não é muito alto – o que diz muito sobre os relógios Wear OS – mas parece que ele tem alguma vantagem.

Sair da versão mobile