A icônica foto “Nascer da Terra”, feita pela Apollo 8, continua a impressionar mesmo após 50 anos

Em 24 de dezembro de 1968, os astronautas da Apollo 8 William Anders, Jim Lovell e Frank Borman alcançaram a órbita lunar, permitindo que eles fossem os primeiros humanos na história para testemunharem o Earthrise (“Nascer da Terra”), a foto icônica em que a Terra surge parcialmente na sombra, como se fosse um nascer de […]
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Em 24 de dezembro de 1968, os astronautas da Apollo 8 William Anders, Jim Lovell e Frank Borman alcançaram a órbita lunar, permitindo que eles fossem os primeiros humanos na história para testemunharem o Earthrise (“Nascer da Terra”), a foto icônica em que a Terra surge parcialmente na sombra, como se fosse um nascer de Sol.

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Foi durante a quarta órbita ao redor da Lua que a foto icônica foi tirada. “Oh, meu Deus, veja esta imagem aqui!”, exclamou Anders. “É a Terra surgindo. E ela é linda!”

Anders pegou sua câmera e capturou a cena. Atualmente, a imagem Earthrise é frequentemente usada para provar que a Terra não é plana. No entanto, a foto foi, na verdade, tirada na orientação vertical (como mostrado aqui). Olhando a foto, você pode ver as linhas de nascer do Sol se estendendo pela África e Antártida, enquanto as Américas do Sul e do Norte estão fortemente envolta de nuvens.

Uma foto preta e branca tirada do Earthrise foi tirada no mesmo dia, mostrando a Terra surgindo em uma superfície de orientação horizontal. A imagem, provavelmente tirada por Anders, foi capturada quando a cápsula Apollo 8 estava a 100 graus de longitude lunar leste, mostrando uma linha de horizonte lunar que se estende por 570 quilômetros.

De volta à Terra, cerca de 500 milhões de pessoas sintonizaram a transmissão ao vivo de Natal — a maior audiência da TV naquela época.

“Disseram para a gente que o evento de Natal teria a maior audiência a ouvir uma voz humana”, disse Borman em 2008, durante o aniversário da missão Apollo. “E as únicas instruções que tivemos da NASA foi para fazer algo apropriado.”

Lovell disse que a “vasta solidão” que ele sentia ao circular pela Lua era “inspiradora”, e que fez com que ele “percebesse o que se tem na Terra”. Ele descreveu seu planeta como um “grande oásis na imensidão do espaço.”

Olhando a Lua, Borman ficou impressionado pela sua aparência morta e sem vida.

“A Lua é algo diferente para cada um de nós. Acho que cada um de nós — cada um carrega sua impressão sobre o que foi visto naquele dia”, disse Borman. “Sei que a minha impressão foi a de um tipo de existência vasta, solitária e proibitiva, uma grande extensão de nada, que se parecem mais como nuvens e nuvens de pedra-pomes, e certamente não parecia ser o tipo de lugar convidativo para viver ou trabalhar.”

No dia seguinte — o Natal de 1968 — a tripulação da Apollo 8 deixou a órbita lunar e voltou para casa. Lovell confirmou o acionamento dos motores ao pessoal do controle da missão dizendo “por favor, pode informar que o Papai Noel existe”.

“Apesar da vasta distância que tornou a fotografia possível, nós não perdemos nossa conexão com o mundo natural, nós o redescobrimos. Nós víamos, pela primeira vez, nosso lar junto no cosmos” – Sr. David Attenborough

Após cinquenta anos, é fácil pensar na existência dessas fotos, mas elas foram as primeiras a mostrar nosso planeta no contexto com outro corpo celestial. Muitas fotos foram tiradas da Terra e da Lua desde então, mas há algo especial nesta imagem do “Nascer da Terra” — uma imagem que continua a inspirar, dar esperança e colocar nosso lugar no cosmo em perspectiva.

[NASA Earth Observatory]

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