A Funai (Fundação Nacional do Índio) divulgou, em julho, imagens de um homem que vive sozinho na Terra Indígena Tanaru, na Amazônia, no estado de Rondônia. O homem, que teria por volta de 50 anos, seria o último sobrevivente de sua tribo, que, acredita-se, seria uma de pelo menos 11 tribos da região que nunca tiveram contato com o mundo exterior.
Algumas fotos foram publicadas no site da agência, e, agora, vídeos capturados com drones foram publicados no YouTube nesta semana. As fotos foram tiradas por trabalhadores associados à Funai, que percorreram cerca de 120 quilômetros em meio à densa floresta tropical para encontrar a tribo perto da fronteira do Brasil com o Peru.
As tribos são ameaçadas por fazendeiros e caçadores que tentam invadir as terras. A agência viajou com a polícia e encontrou duas equipes de caça ilegais na área.
A Funai monitora as tribos brasileiras numa tentativa de protegê-las do mundo exterior.
O homem que teve imagens divulgadas em julho é conhecido como “o índio do buraco” e é considerado o último sobrevivente de sua tribo. Ele é monitorado pela Funai desde 1996. Sua família foi morta por seis fazendeiros locais em 1995, e a agência divulgou imagens filmadas em 2011 neste ano para provar que ele ainda estava vivo.
“A [Funai] é o único departamento governamental do mundo dedicado à proteção dos povos indígenas que têm pouco ou nenhum contato com a sociedade nacional e outras tribos”, afirma o grupo Survival International em seu site.
O grupo defende os direitos indígenas em todo o mundo e acredita que há pelo menos 100 tribos que nunca entraram em contato com pessoas de fora.
Imagem do topo: Canoas construídas por uma tribo desconhecida no Brasil (à esquerda) e uma cabana construída pela mesma tribo (à direita). Crédito: Funai