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Fusão nuclear está mais próxima de fornecer energia para nós

A fusão nuclear é a fonte de energia das estrelas, como o Sol. Trata-se de um processo violento, milhões de vezes mais potente que reações químicas comuns. No entanto, os experimentos de fusão nuclear sempre consumiam mais energia do que criavam. Agora, usando lasers, parece que pesquisadores conseguiram inverter isso. Pesquisadores do National Ignition Facility […]

A fusão nuclear é a fonte de energia das estrelas, como o Sol. Trata-se de um processo violento, milhões de vezes mais potente que reações químicas comuns. No entanto, os experimentos de fusão nuclear sempre consumiam mais energia do que criavam. Agora, usando lasers, parece que pesquisadores conseguiram inverter isso.

Pesquisadores do National Ignition Facility (EUA) começaram com uma pequena gota de combustível de hidrogênio. Eles usaram 192 feixes do laser mais poderoso do mundo para aquecê-la e comprimi-la. Isso fez acontecer a fusão nuclear.

Normalmente, os lasers consumiriam mais energia do que a fusão nuclear criaria. Porém, segundo a BBC, a “quantidade de energia liberada pela reação de fusão excedeu a quantidade de energia absorvida pelo combustível”, durante um experimento realizado em setembro. Eles não revelam os números.

Se for verdade, esta é a primeira vez que um experimento consegue tal façanha; seria um grande marco em nossa busca pela energia de fusão. Ao colidir dois núcleos atômicos para formar um só, é possível criar energia mais barata que as alternativas atuais.

(Vale notar que as usinas atômicas realizam fissão nuclear, um processo diferente: elas quebram átomos em partículas menores. A fusão nuclear é ainda mais potente: ela libera dois milhões de vezes mais energia.)

Mas este é apenas o primeiro passo. Pesquisadores querem chegar à ignição: o ponto em que a fusão nuclear gera tanta energia quanto a que recebe dos lasers. Ainda não chegamos lá, pois há ineficiências no sistema de fusão – nem toda a energia fornecida pelo laser é emitida para o combustível. Com mais um pouco de trabalho, a fusão pode se tornar algo real. [BBC]

Imagem por Lawrence Livermore National Laboratory

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