Nos próximos anos, usaremos cada vez menos celulares para fazer ligações

Smartphones ganham cada vez mais potência e funções extras como monitor de condicionamento físico e saúde e até controle de equipamentos de casa. E cada vez mais a utilidade fundamental dos telefones celulares perde espaço – a realização de chamadas telefônicas. A tendência é que, nos próximos anos, usemos cada vez mais smartphones para tudo, […]

Smartphones ganham cada vez mais potência e funções extras como monitor de condicionamento físico e saúde e até controle de equipamentos de casa. E cada vez mais a utilidade fundamental dos telefones celulares perde espaço – a realização de chamadas telefônicas. A tendência é que, nos próximos anos, usemos cada vez mais smartphones para tudo, menos para ligar para amigos – é isso o que diz o estudo Mobility Report, da Ericsson.

Mas vamos com calma. Antes dos telefones celulares deixarem de ser usado prioritariamente para a sua função essencial, eles atingirão o pico das conversas de voz. Segundo a Ericsson, isso ocorrerá ano que vem – em 2015, o tráfego de voz nas redes móveis chegará ao seu maior nível. Depois disso, ele entrará em declínio, e em 2019 atingirá o mesmo nível de 2011. Lembre-se que mais gente usará celulares em 2019 do que usava em 2011, portanto, o fato do tráfego de voz estar no mesmo nível do começo da década mostra como, no geral, as conversas de voz serão menos comuns nos celulares. No gráfico abaixo está a média de minutos usados por usuário de celular a cada mês. Em 2011, gastamos 282 minutos falando no telefone por mês. Em 2015, chegaremos a 299. E, em 2019, estaremos em 286.

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Em contraste, o tráfego de dados vai aumentar consideravelmente. Até o final da década, diz a Ericsson, nossos celulares serão nosso principal dispositivo para acesso à internet. Eis a visão geral – sem distinção do tipo de rede (3G, LTE ou outra):

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Em 2011, foram 275 petabytes de dados por mês em smartphones. Até 2019, serão 11.759!

Mas o estudo considera apenas as chamadas tradicionais de voz. Como a ligação feita para contar as novidades para seus pais, ou para parabenizar um amigo, por exemplo. Nos próximos anos, esse tipo de ligação será trocada pelas chamadas de voz sobre IP – o famoso VoIP, presente no Skype e Viber, por exemplo – assim como por vídeo – como no Hangouts do Google, ou no FaceTime da Apple. Isso sem contar mensagens instantâneas – WhatsApp, Facebook Messenger e muitos outros.

A forma como nos comunicamos vai mudar, mas não será uma mudança tão drástica. Muitos de nós já vive essa fase de transição, e a grande diferença é que até 2019, prevê a Ericsson, isso vai atingir muito mais gente pelo mundo. A previsão do estudo é de que até o fim dessa década sejam 5,6 bilhões de smartphones pelo mundo – em 2011, eram 847 milhões, e, para 2014, a previsão é de chegar a 2,6 bilhões. Isso, em conjunto com a expansão de redes LTE em algumas partes do mundo, e a chegada do 3G àquelas que nem isso ainda tem, contribuirá para a alteração.

Você pode conferir o estudo completo da Ericsson – em inglês – aqui. Ou, se quiser brincar com gráficos, confira os números aqui. [Quartz]

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