“Galáxia monstruosa” antiga está formando estrelas mil vezes mais rápido do que a Via Láctea

O rádio-observatório Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), do Chile, observou uma galáxia que não se parece em nada com o que os pesquisadores esperavam. E ela está formando estrelas em uma velocidade absolutamente incrível. Essa “galáxia monstruosa”, conhecida como COSMOS-AzTEC-1, formou-se apenas dois bilhões de anos depois do Big Bang e transforma, a cada ano, […]

O rádio-observatório Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), do Chile, observou uma galáxia que não se parece em nada com o que os pesquisadores esperavam. E ela está formando estrelas em uma velocidade absolutamente incrível.

Essa “galáxia monstruosa”, conhecida como COSMOS-AzTEC-1, formou-se apenas dois bilhões de anos depois do Big Bang e transforma, a cada ano, mais de mil sóis de gás solar em estrelas. Os cientistas ainda não entendem muito bem essas primeiras galáxias, mas agora eles têm novas informações que podem esclarecer por que elas formam estrelas tão incrivelmente rápido.

• Esta vista da Nebulosa da Tarântula é a imagem espacial de que todos nós precisamos
• A última leva de imagens do telescópio Hubble é pura pornografia espacial

Basicamente, o gás fragmentado dentro da galáxia tem uma força gravitacional mais forte em si do que a força da rotação da galáxia ou a repulsão de estrelas e supernovas, de acordo com as observações publicadas na quarta-feira (29) na Nature.

Os cientistas descobriram galáxias como a AzTEC-1 apenas duas décadas atrás, de acordo com o periódico, e as estudaram para tentar entender os eventos extremos de criação de estrelas. Por extremos, quero dizer que a galáxia está formando estrelas mil vezes mais rápido que a Via Láctea. Acredita-se que essas antigas galáxias sejam as ancestrais das galáxias elípticas de hoje, segundo um comunicado de imprensa.

Versão de um artista para a AzTEC-1. Ilustração: Observatório Nacional Astronômico do Japão

A nova equipe de pesquisadores de Japão, Alemanha, México e Estados Unidos observou a AzTEC-1 na maior resolução já vista, usando os 66 satélites de radiotelescópio do ALMA, no deserto chileno. Os físicos buscaram por assinaturas de gás de monóxido de carbono dentro da galáxia, criando então um mapa dela com base no que viram.

Suas observações revelaram gigantescos e densos aglomerados de gás que estavam concentrados o suficiente para que estivessem em colapso, em vez de permanecerem estáveis pela pressão externa causada pela formação de estrelas e supernovas. Essas nuvens em colapso poderiam formar estrelas extremamente rápido — e talvez esgotá-las em apenas 100 milhões de anos.

Ainda não está claro como uma galáxia pode acumular tanto gás antes de começar seu período de formação rápida de estrelas. Talvez seja o resultado de uma fusão galáctica, embora ainda não existam provas para reforçar a hipótese de um processo desses. Será necessário observar outras galáxias como a AzTEC-1 para responder a essa questão.

As coisas podem parecer bastante estáveis no nosso universo agora, mas nunca se esqueça de onde você veio. O caos reina.

[Nature]

Imagem do topo: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), Tadaki et al

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas