_Samsung

Galaxy Z Fold 2, dez meses depois: como tem sido usar um smartphone dobrável?

Prestes a anunciar um novo Galaxy Fold, revisitamos a segunda geração do aparelho após dez meses de uso intenso.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Se você tem lido meus artigos no Gizmodo há algum tempo, provavelmente percebeu que sou otimista sobre telas flexíveis, em grande parte à sua capacidade de expandir ou aprimorar recursos de smartphones, notebooks e até smartwatches (ok, esse último nem tanto). Então, depois de analisar o Galaxy Z Fold 2 da Samsung no ano passado, decidi que vou investir meu dinheiro para comprar um dispositivo dessa categoria. Agora que a Samsung deve lançar mais alguns dobráveis ​​em seu evento Galaxy Unpacked desta quarta-feira (11), quero revisitar meu review anterior e contar como é realmente utilizar um aparelho desse tipo no dia a dia.

Antes de entrarmos em altos e baixos específicos, devo mencionar que nunca usei uma capa protetora no meu Z Fold 2 nos 10 meses que o adquiri. A única medida de proteção que tomei foi substituir o protetor de tela na cobertura externa há cerca de seis meses, depois de ficar um pouco desgastada. Eu sei, e admito, que a pandemia certamente contribuiu para que meu celular sofresse menos danos externos. Mas fiz algumas viagens (inclusive avião) após receber as duas doses de vacina contra a. Covid-19.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Como disse anteriormente, o que mais gosto nos dispositivos dobráveis, e especificamente no Z Fold 2, é que seu design permite que ele se ajuste às minhas necessidades em uma variedade de situações, o que é mais libertador do que os smartphones tradicionais. Então, vamos lá.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Usando um dobrável no mundo real

Se você saiu para comer em nosso mundo pós-pandemia, deve ter notado que muitos restaurantes estão mudando para menus digitais alimentados por códigos QR. E, embora praticamente todos os telefones modernos tenham uma maneira fácil de ler esses códigos, a maioria dos menus não fica visualmente confortável para se ler em uma tela tradicional. Com o Z Fold 2, isso não é um problema, já que seu painel flexível de 7,6 polegadas oferece muito mais espaço, e com a vantagem adicional de fazer você se sentir como se estivesse olhando para um menu real em vez de uma tela, de fato.

É uma situação um tanto semelhante em aviões, em que você é forçado a olhar para uma tela minúscula que pode vi instalada no assento à sua frente — isso quando vem. Sem contar que o touchscreen desses painéis é terrível, com uma sensibilidade que faz o Nintendo DS original parecer maravilhoso (não era). Com o Z Fold 2, não só obtenho uma tela nítida e vívida, mas também tenho a liberdade de assistir o que eu quiser, sem precisar baixar nenhum aplicativo, como acontece hoje na maioria das companhias aéreas.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Mesmo quando estou em casa apenas perdendo tempo na internet ou jogando, o Z Fold 2 pode alternar entre a navegação casual e assistir filmes de um jeito muito fácil. Recentemente, minha esposa e eu ficamos viciados em Catan (um jogo de tabuleiro online). E, apesar de ela dizer que não se importa com a tela menor do celular dela, eu particularmente prefiro ver todas as informações em uma única tela, em vez de ficar alternando entre uma janela e outra. Dito isso, uma das desvantagens do design do Z Fold 2 é que muitos acessórios para smartphones comun não são compatíveis com o dobrável. Isso é uma chatice.

Vamos falar sobre o vinco na tela

O Galaxy Z Fold 2 é um pouco mais grosso que outros dispositivos. No entanto, suas dimensões mais estreitas são realmente mais fáceis de segurar quando dobradas ao meio e, no final das contas, o peso e o tamanho maiores não acabam fazendo muita diferença.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

A Samsung incluiu uma bateria considerável de 4.500 mAh, mas que parece durar mais do que essa capacidade. Como costumo assistir a filmes para me ajudar a dormir, parei de carregar o telefone à noite e deixo o aparelho carregando em uma base sem fio ao longo do dia. O resultado final é que eu quase não penso sobre a duração da bateria.

E o tal vinco no meio da tela? Honestamente, eu nem vejo mais isso. Com pouca luz, a ranhura não é visível; é apenas sob luz forte e quando vista de um ângulo muito específico é que fica realmente perceptível. Não me interpretem mal: é óbvio que eu preferiria que não houvesse vinco nenhum, e espero que os futuros fabricantes de gadgets dobráveis possam tornar os vincos uma coisa do passado. Mas o que temos disponível hoje não é o fim do mundo.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Na realidade, o maior problema com o Z Fold 2 não é o vinco, mas sim o protetor de tela que vem pré-instalado no display principal. Eu o retirei quando analisei o Z Fold 2 e, como esperado, o protetor começou a se soltar da tela, causando a formação de bolhas entre a camada protetora e a própria tela.

Devo mencionar que, mesmo que o protetor de tela não fosse um problema inicialmente, após 10 meses, lutar contra a propagação das bolhas se tornou uma batalha quase diária, às vezes até um desafio de hora em hora. O problema é que, depois de milhares de curvas, a poeira conseguiu passar por baixo da borda do protetor onde se dobrou, o que enfraqueceu o adesivo e acabou proliferando ainda mais as bolhas.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Eu conversei com outros proprietários de Z Fold 2 que disseram que removeram o protetor de tela (com muito cuidado, claro) e que não tiveram nenhum problema, ao contrário do que aconteceu com várias pessoas que não leram as instruções que vieram junto com a primeira versão do Galaxy Fold. A Samsung, por sua vez, recomenda enfaticamente que quem deseja remover ou substituir o protetor deve ir a um centro de serviço autorizado para fazê-lo, o que francamente é um pé no saco — ainda mais agora durante a pandemia.

Também é uma pena porque, em outros aspectos, aquela tela flexível ainda parece incrível, e eu sinto uma faísca de alegria toda vez que a abro. Se eu não estivesse planejando revisitar o Z Fold 2 para falar sobre sua durabilidade, eu quase certamente teria trocado o protetor de tela meses atrás. Portanto, embora seja um problema que pode ser resolvido com relativa facilidade, ainda é algo que não deveria existir.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Melhorar essa proteção em seus dispositivos de próxima geração seria a maior melhoria que a Samsung pode fazer. Por outro lado, o Z Fold 2 tem se mantido muito bem. O único defeito perceptível é um pequeno arranhão na dobradiça.

O que falta para os dobráveis fazerem sucesso

O Galaxy Z Fold 2 tem outras desvantagens. A câmera interna de selfie ainda não é das melhores, e a falta de resistência à água é uma certamente faz a diferença se comparada a outros smartphones que possuem essa especificação. Se todos os vazamentos que vimos até agora se provarem corretos, parece que a Samsung pode ter atualizações que abordam muitas dessas preocupações.

Mas, talvez minha principal lição seja que, além de seu preço caríssimo, quando usado com um pouco de cautela, os telefones dobráveis ​​da Samsung realmente podem lidar com as provações e tribulações da vida cotidiana. E se eles obtiverem alguma durabilidade adicional, eles serão competitivos de igual para igual com os celulares mais tradicionais.

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Telefones dobráveis ​​certamente não são para todos. Para mim, ter comprado um combinou os melhores aspectos de um smartphone e um tablet em um dispositivo fácil de transportar e usar, algo que eu acho que muitas pessoas podem apreciar. Agora, só temos que esperar que os preços baixem, o que pode acontecer mais cedo do que pensamos.

Sair da versão mobile