Garota de 4 anos fica cega após pegar uma gripe que atingiu seu cérebro

A família diz que a infecção da menina não vacinada levou a graves complicações neurológicas que a deixaram cega, talvez permanentemente.
Foto: AP

O trágico incidente de uma menina de quatro anos de idade em Iowa, nos EUA, com gripe é um lembrete a todos sobre por que a vacinação é tão importante. A família diz que a infecção da menina não vacinada levou a graves complicações neurológicas que a deixaram cega, talvez permanentemente.

Segundo a CNN, Jade DeLucia ficou doente pouco antes do Natal. Embora DeLucia parecesse ter apenas uma febre leve a princípio, seus pais perceberam que ela estava sem reação uma manhã e a levaram até um hospital local.

Já no hospital, ela sofreu uma convulsão, o que exigiu um transporte aéreo de emergência para outro hospital a cerca de 129 quilômetros de distância na cidade de Iowa. Os médicos finalmente confirmaram que a gripe havia atingido o cérebro da garota, causando uma complicação rara, mas conhecida, da gripe chamada encefalopatia. DeLucia passou mais de uma semana na unidade de terapia intensiva, completamente em coma.

Felizmente, durante a primeira semana de janeiro, DeLucia acordou e recuperou a capacidade de comer e conversar. Mas sua visão não voltou, apesar de seus olhos estarem perfeitamente bem. A infecção danificou as áreas do cérebro que a ajudavam a enxergar, e não está claro se ela voltará a ver. Ela também pode desenvolver outros problemas remanescentes, como dificuldades de aprendizado ou cognitivas, disse seu neurologista à CNN.

“A gripe afetou a parte do cérebro que percebe a visão, e não sabemos se ela recuperará a visão”, disse Theresa Czech, neurologista que tratou DeLucia no Hospital Infantil da Universidade de Iowa, à CNN. “Daqui a três a seis meses, saberemos. Qualquer que seja a recuperação que ela tenha nos seis meses, provavelmente é tudo o que ela terá”.

Segundo a família de DeLucia, ela havia sido vacinada contra a gripe em março passado. Mas eles erroneamente acreditavam que a vacina a protegeria por um ano inteiro. Na realidade, uma vacina anual contra a gripe fornece apenas um certa proteção contra variedades de gripe encontradas durante a próxima, atual ou mais recente temporada de inverno.

A vacina não elimina completamente o risco de contrair a gripe – em média, é cerca de 40% a 60% eficaz na prevenção da doença, dependendo em grande parte dos cientistas terem  feito um bom trabalho em prever as variedades em circulação naquela temporada. Mas mesmo quando não funciona totalmente, ainda reduz bastante as chances de alguém desenvolver o tipo de complicações graves e com risco de vida que DeLucia enfrentou.

A família espera que sua história possa incentivar mais pessoas a serem vacinadas.

“Se eu posso impedir que uma criança fique doente, é isso que eu quero fazer”, disse à CNN Amanda Phillips, mãe de Jade DeLucia. “É terrível ver seu filho sofrer assim”.

Embora se pense que esta temporada atual de gripe nos EUA seja relativamente leve (lembre-se que o país está em pleno inverno), ela ainda pode ser responsável por até 12.000 mortes, 150.000 hospitalizações e mais de 6 milhões de consultas médicas, a partir da primeira semana de janeiro, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças. E ainda não é tarde demais para tomar sua vacina contra a gripe.

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