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Gaspard Ulliel: os 5 filmes marcantes de sua carreira

O ator francês, que ficou conhecido por atuar no filme ‘Hannibal – A Origem do Mal’, morreu aos 37 anos, após sofrer um grave acidente de esqui

Gaspard Ulliel

Imagem: Reprodução Instagram/@gaspard_ulliel

O ator francês Gaspard Ulliel, que ficou conhecido por estela o filme “Hannibal – A Origem do Mal”, morreu na última quarta-feira (19), aos 37 anos, após sofrer um grave acidente de esqui nos Alpes. 

Segundo informações da agência AFP, o ator sofreu uma colisão na terça (18) nas encostas da região de Sabóia, no leste da França, batendo a cabeça com força. Ele foi transportado de helicóptero para um hospital na cidade francesa de Grenoble, mas não resistiu.

Ulliel chegou a fazer parte do elenco da série “Cavaleiro da Lua”, da Disney+, cujo trailer foi divulgado recentemente e que está previsto para estrear em março deste ano. Na produção, o ator francês interpretou o Homem da Meia-Noite. 

São 50 filmes e séries no currículo. Além de viver Hannibal, o ator ficou conhecido por interpretar o estilista Yves Saint Laurent na cinebiografia “Saint Laurent”. Ulliel também estrelou os longas “É Apenas o Fim do Mundo” e “Paris, Te Amo”, além de ter sido o rosto do perfume Bleu de Chanel.

Ulliel venceu o prêmio César, o “Oscar” do cinema francês, por duas vezes: em 2017, pelo filme “É Apenas o Fim do Mundo”, na categoria de melhor ator; e em 2005, pelo filme “Eterno Amor”, como melhor ator revelação. Antes do primeiro prêmio, ele foi indicado em 2003 e em 2004.

O ator deixa um filho de seis anos com a modelo e cantora francesa Gaëlle Piétri.

Listamos abaixo cinco filmes que mais marcaram a carreira do ator francês.

“Anjo da Guerra”

O ator tinha apenas 19 anos quando participou de “Les Egarés” (ou “Anjo da Guerra” em português), em 2003. Ele interpretou um delinquente em fuga que, durante a ocupação nazista de junho de 1940, levou dois filhos sob sua asa e sua mãe, uma jovem viúva perturbadora. Com este papel, Ulliel conquistou sua segunda indicação ao César de melhor ator revelação. No ano anterior, ele estava na mesma categoria com a comédia “Abrace quem quiser”, de Michel Blanc.

“Eterno Amor”

A terceira indicação ao César de melhor ator revelação fez Gaspard Ulliel levar o prêmio. O jovem ator ganhou a estatueta em 2005 por “Eterno Amor”, de Jean-Pierre Jeunet. Longa, ele interpreta Manech, o noivo de Mathilde (Audrey Tautou) que desapareceu em 1917 nas trincheiras — a quem a jovem se recusa a acreditar que está morto. Na superprodução, que teve mais de quatro milhões de espectadores, Gaspard Ulliel encarna um jovem suspenso entre a infância e a loucura.

“A Princesa de Montpensier”

Em 2010, Ulliel interpretou Henri de Guise em “A Princesa de Montpensier”, filme de época de Bertrand Tavernier, com Mélanie Thierry e Lambert Wilson. Nesta história de amor que tem como pano de fundo as guerras religiosas do século 16 , filmado em CinemaScope, ele encarna, com todo o ardor de sua juventude, o jovem primo da princesa de Montpensier.

“Saint Laurent”

Foi com “Saint Laurent”, de Bertrand Bonello, em 2014, que Gaspard Ulliel fez seu primeiro papel de destaque, vivendo um homem complexo e poderoso. Após um ano de preparação na tentativa de recriar o jeito único do costureiro, ele entregou um personagem sombrio e frágil — que o tornou conhecido internacionalmente.

“Apenas o fim do mundo”

Louis, homossexual e autor de sucesso, encontra sua família após doze anos para anunciar a eles “sua morte iminente e irremediável”. A sombra do trabalho em “Saint Laurent” alimentou a composição desse novo papel sério e perturbador, desta vez dirigido por Xavier Dolan. O jovem diretor canadense filma o personagem como se tratasse um alter ego — um estranho na sua própria família. Ulliel ganhou seu segundo César com esse longa, desta vez como melhor ator.

O diretor canadense Xavier Dolan dedicou um post a Ulliel em sua página no Instagram. “Sua risada discreta, seu olhar atento. Sua cicatriz. Seu talento. Sua escuta. Seus sussurros, sua bondade. É todo o seu ser que transformou minha vida, um ser que amei profundamente e que sempre amarei. Não posso dizer mais nada, estou exausto, atordoado com sua partida”. 

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