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Gigantes da internet precisam “jogar o jogo” para serem ouvidas nos EUA?

A discussão sobre duas polêmicas leis, o SOPA e o PIPA, trouxeram novamente à tona diferenças enormes entre o mundo do entretenimento — gravadoras, produtoras e estúdios de música e cinema — e o mundo da internet: um deles sabe muito bem aprovar suas leis nos EUA, enquanto o outro precisa fazer protestos virtuais para […]

A discussão sobre duas polêmicas leis, o SOPA e o PIPA, trouxeram novamente à tona diferenças enormes entre o mundo do entretenimento — gravadoras, produtoras e estúdios de música e cinema — e o mundo da internet: um deles sabe muito bem aprovar suas leis nos EUA, enquanto o outro precisa fazer protestos virtuais para chamar a atenção do público. Não está na hora de as empresas de internet aprenderem a lidar com a aprovação de leis? Se sim, qual será o preço por isso?

Mat Honan, chapa do Gizmodo americano, ergueu o debate no dia em que diversos sites saíram do ar em forma de protesto contra os projetos de lei SOPA e PIPA. Para ele, apesar de ser um ato bonito e chamar a atenção de toda a opinião pública e a imprensa, no fim as gigantes da indústria do entretenimento fazem muito lobby no congresso americano, apoiam gigantescas campanhas, abrem seus cofres e conseguem aprovar leis que defendem seu formato de lucro que anda cada vez mais defasado em tempos de internet.

Mas então a internet precisa fazer lobby? Usar seu dinheiro para passar a mão na cabeça dos políticos e combater leis contrárias às suas diretrizes? Normalmente isso não é visto com bons olhos. O fato de influenciar o governo com dinheiro para conseguir ganhos próprios não é nada bacana. Mas enquanto Mat Honan acredita que não há muita saída para a indústria da internet, que precisaria de uma entidade a representando nos corredores do congresso americano, Semil Shah tem uma teoria diferente: os protestos com blecaute estão criando uma nova forma de lobby, o “lobby social”.

Para ele, uma ideia reverberada por milhares de pessoas para cada vez mais pessoas, que compartilham, retuítam ou ainda mandam aquele e-mail com caps lock no título já pode ser visto como uma força suficiente para derrubar leis e propostas duvidosas. Sem a necessidade de enormes doações para ganhar o respeito dos políticos. Torcemos para que isso aconteça, mas jogamos a discussão para vocês: independente do formato de lobby, vocês acreditam que a internet deveria ter uma organização criada especificamente para fazer sua voz ser ouvida no Congresso? [Gizmodo US e TechCrunch]

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