Giz no Japao No olho do furacão

Curiosidade metereológica: hoje descobri que um tufão é exatamente a mesma coisa que um furacão. A diferença de nome se dá porque o último é um vento forte que se forma no Caribe e um tufão vem da Ásia. Ambos são ciclones tropicais. Um deles, o Melor, o mais poderoso dos últimos 10 anos, está vindo na minha direção daqui a poucas horas. Perdendo força, ao que parece. Peguei o último trem bala saindo de Tóquio para Osaka, já que os trens não funcionarão amanhã (o que estava agendado). Em todas as TVs, mapas metereológicos como esse, atualizados, passam direto. Escolados em catástrofes, os japoneses tomam uma inacreditável dose de precaução: o país vai parar.

Curiosidade metereológica: hoje descobri que um tufão é exatamente a mesma coisa que um furacão. A diferença de nome se dá porque o último é um vento forte que se forma no Caribe e um tufão vem da Ásia. Ambos são ciclones tropicais. Um deles, o Melor, o mais poderoso dos últimos 10 anos, está vindo na minha direção daqui a poucas horas. Perdendo força, ao que parece. Peguei o último trem bala saindo de Tóquio para Osaka, já que os trens não funcionarão amanhã (o que estava agendado). Em todas as TVs, mapas metereológicos como esse, atualizados, passam direto. Escolados em catástrofes, os japoneses tomam uma inacreditável dose de precaução: o país vai parar.

A Toyota anunciou que fechará as fábricas temporariamente. Refinarias de petróleo não abastecerão os navios, que não se aproximarão da costa. Mais de 200 vôos foram cancelados apenas em Tóquio, escolas e atividades esportivas, ônibus e trens, tudo parado. Isso mesmo com a informação recente que o tufão está perdendo força, e caiu da categoria 5 (a maior, há poucas horas) para uma esperada categoria 2, de chuva forte pra c* apenas.

Ainda assim, impressiona o nível de precaucão: o país prefere parar tudo, perder dinheiro, do que correr o menor risco. Não é pra menos, já que o arquipélago tem vulcões, terremotos e alguns tufões por ano. A coisa é levada tão a sério aqui que o último treinamento em caso de terremoto, que rolou mês passado, foi uma simulação de uma cidade inteira, onde 795 mil pessoas participaram, incluindo o primeiro ministro. Tudo é adaptado para catástrofes, desde trens e usinas que param imediatamente ao primeiro sinal de terremoto ou rajada mais forte de vento, aos muros anti-tsunami e os prédios que são feitos para poderem balançar. O material é testado em lugares como esse:

 

Quase todo mundo aqui recebe por celular a atualização da tempestade ou terremoto. E aí você pode pensar que todo mundo está tenso, em pânico. Nah. As pessoas aqui levam tudo na maior naturalidade, mesmo que a visão de cidade parada aqui do 24° andar do hotel seja desoladora. Dois japoneses já falaram pra mim que eu ia "ter a emoção de ver um tifón", rindo. Eles sempre riem, esses japoneses simpáticos. Porque parece que tudo vai acabar bem.

 

* O Gizmodo Brasil viajou ao Japão a convite da Panasonic, que parece não ter checado a previsão meterológica.

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