Giz no Japao Uma solução para minhas moedas perdidas

Sem me basear em nenhum estudo, afirmo categoricamente que meninas têm porta-moedas e bolsas e rapazes guardam o troco no bolso da calça ou bermuda - para jogar tudo em algum lugar ao chegar em casa. Por isso, milhares de Reais simplesmente somem da economia: caras pouco organizados não sabem o que fazer nem onde deixaram as moedas. A história seria diferente se as metrópoles brasileiras fossem apinhadas de Gashapon, como aqui em Tóquio.

Sem me basear em nenhum estudo, afirmo categoricamente que meninas têm porta-moedas e bolsas e rapazes guardam o troco no bolso da calça ou bermuda – para jogar tudo em algum lugar ao chegar em casa. Por isso, milhares de Reais simplesmente somem da economia: caras pouco organizados não sabem o que fazer nem onde deixaram as moedas. A história seria diferente se as metrópoles brasileiras fossem apinhadas de Gashapon, como aqui em Tóquio.

Gashapon, como você que sabe japonês pode deduzir, é a junção das palavras Gasha e Pon. É basicamente uma maquininha onde você coloca moedas (normalmente 100 ou 200 ienes, cerca de R$ 2 ou R$ 4) gira uma rodinha (que faz o barulho "gasha") e uma cápsula com um brinquedinho cai do negócio, fazendo o "pon". Essa é a origem onomatopéica da palavra, segundo a Wikipédia. É engraçado, então acredito que seja verdade. Japoneses são engraçados.

Mas Pedro, isso é igual Kinder Ovo sem ovo! Não, amiguinhos. Vejam a qualidade:

Feito em PVC bem duro e com bastante detalhe da pintura, os gashapons (máquinas e brinquedos têm o mesmo nome) são brinquedinhos de alta qualidade, que tem várias funções. Ainda estou inventando quais são para justificar tantos desses na minha mala. Mas eles vão ficar bem na minha mesa.

A maior produtora dessas maquininhas é a bandai, que foi comprada pela Namco, gigante de fliperamas (Pac-Man) e alguns jogos de videogame. Todo ano a Bandai lança algumas dezenas de séries de bonequinhos (há a data e o número de cada miniatura embaixo), que podem ser variações de Gundam, ninfetas sadomasoquistas, videogames e animes (os mais populares). Há também carros, aviões, card games, chaveiros, brincos e até adesivos. As possibilidades são infinitas.

A graça é colecionar todos de um tipo de máquina – normalmente cada set tem 6 a 10 diferentes. O problema é que isso é um jogo de azar. Você coloca a moedinha e pode receber um repetido, como em figurinhas. Aí entra um segundo comércio popular em Akihabara: lojas que vendem os sets completos ou séries fora de catálogo cobrando uma pequena margem. 

Isso deve dar bastante dinheiro para a Bandai, que parece ter tentado levar isso a outros países sem muito sucesso. Vocês acham que funcionaria no Brasil? Digam que mais alguém gastaria dinheiro com isso pra eu não me sentir tão mal. Obrigado.

 

* O Gizmodo Brasil viajou ao Japão a convite da Panasonic. E gastou mil ienes tentando conseguir um Obaminha Gashapon, sem sucesso.

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