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Glovo deixará de funcionar no Brasil a partir de 3 de março

O mercado de delivery brasileiro perderá um integrante. A espanhola Glovo, que começou a operar por aqui há um ano, anunciou que deixará o País. A startup, que concorre com iFood, Rappi e Uber Eats, disse que “o Brasil é um mercado extremamente competitivo e que, para obter o sucesso que planejamos originalmente, precisaríamos de […]

Entregador da Glovo em motocicleta

Reprodução

O mercado de delivery brasileiro perderá um integrante. A espanhola Glovo, que começou a operar por aqui há um ano, anunciou que deixará o País. A startup, que concorre com iFood, Rappi e Uber Eats, disse que “o Brasil é um mercado extremamente competitivo e que, para obter o sucesso que planejamos originalmente, precisaríamos de mais investimento e tempo para penetrar, liderar e alcançar rentabilidade”. O aplicativo irá funcionar até o dia 3 de março, às 23h59.

O Glovo estava presente em 21 cidades e, em janeiro, havia lançado o Glovo Prime, um serviço de assinatura de R$ 16,90 mensais que permitia entregas gratuitas para pedidos a partir de R$ 30. O aplicativo fazia delivery de tudo quanto é tipo de produto: desde comida, passando por itens de supermercado e farmácia, até objetos de uma pessoa para outra.

De acordo com uma reportagem da Reuters, publicada no Estadão em janeiro, havia a expectativa de expansão no Brasil. Os planos incluíam dobrar a presença, chegando a 50 cidades até o final de 2019. Segundo a Exame, a filial brasileira estava sob forte pressão desde a visita do presidente global, Oscar Pierr, há duas semanas. Os resultados da empresa por aqui não agradavam.

A Glovo tem forte presença em América Latina, Europa, Oriente Médio e África. De acordo com um comunicado da empresa enviado ao Gizmodo Brasil, haverá concentração de “recursos em outros nichos” onde a empresa “está alcançando uma participação de mercado significativa e gerando valor”.

Em um e-mail enviado aos entregadores e publicado pelo Tecnoblog, a companhia diz que todos “receberão os repasses devidos conforme nossos Termos e Condições” e que os centros de atendimento da empresa ainda estarão disponíveis para “sanar dúvidas e preocupações”.

O mercado de delivery é, de fato, muito competitivo. No final do ano passado, um dos integrantes mais fortes do setor, o iFood, recebeu investimento recorde de US$ 500 milhões – o maior aporte privado já feito em uma empresa de tecnologia na América Latina. Para termos uma ideia da diferença de presença, o aplicativo está disponível em 483 cidades do Brasil – o número de pedidos mensais do iFood no Brasil chegou a 10,8 milhões em outubro de 2018.

Confira abaixo o comunicado da Glovo na íntegra:

A Glovo decidiu encerrar as operações no Brasil e sair do mercado já nos próximos dias. O objetivo é concentrar recursos em outros nichos da América Latina, Europa, Oriente Médio e África, onde a empresa está alcançando uma participação de mercado significativa e gerando valor.

Depois de 12 meses, percebemos que o Brasil é um mercado extremamente competitivo e que, para obter o sucesso que planejamos originalmente, precisaríamos de mais investimento e tempo para penetrar, liderar e alcançar rentabilidade.

Esta é a razão pela qual decidimos nos concentrar nos outros mercados da América Latina, onde há demanda no crescimento dos serviços da Glovo e podemos colher melhores resultados para os nossos parceiros, entregadores e companhia.

Como um dos principais serviços de entrega sob demanda e que mais cresce no mundo, agora em 21 países e em mais de 100 cidades, nós continuamos a enxergar um forte avanço global e expandimos para uma nova cidade a cada quatro dias, o que nos torna o aplicativo preferido para entrega de tudo na maioria das cidades onde servimos.

Em nossa saída programada, todos os compromissos com usuários, parceiros e entregadores serão honrados.

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