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Google e Bing começarão a esconder sites de pirataria das buscas no Reino Unido

Google e Bing assinaram um acordo no Reino Unido e prometeram uma ação mais rápida contra os sites que possuem conteúdos piratas

Resultados de buscas por conteúdos como músicas, filmes, livros e transmissões de esportes no Google e no Bing passarão a apresentar mais conteúdos autênticos e menos opções para sites de downloads piratas. A iniciativa faz parte de um acordo assinado no Reino Unido para combater a pirataria.

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O governo britânico criou um código de conduta para diminuir os impactos da pirataria e espera conseguir, além de “proteger os produtores de conteúdo, proteger os usuários”. Eddy Leviten, diretor da Alliance for Intellectual Property – Aliança para a Propriedade Intelectual, em tradução livre – comentou ao Guardian que “às vezes as pessoas vão procurar algo e acabam inconscientemente sendo levadas para um conteúdo pirateado”.

O acordo assinado por Google e Bing prevê que os buscadores respondam rapidamente às solicitações de remoção de conteúdo ilegal. No entanto, isso não quer dizer que esse tipo de resultado sumirá totalmente. Como aponta o Telegraph, ficou acordado que os links considerados ilegais sairão da primeira página.

O código irá ampliar ações já existentes contra a pirataria, como o bloqueio de determinados domínios, trabalho com marcas para diminuir o investimento em publicidade em sites de pirataria e campanhas educacionais.

O documento foi defendido por diversos grupos de mídia, como a Motion Picture Association (MPA) e a British Phonographic Industry (BPI), associações que regulam a distribuição de conteúdo em vídeo e áudio.

Ainda é uma incógnita se a iniciativa terá um grande impacto. Geoff Taylor, executivo da BPI, disse que o código não será “uma solução mágica para os detentores de direitos autorais, mas significará que sites ilegais serão rebaixados rapidamente nas buscas”.

De acordo com a Agência de Propriedade Intelectual do Reino Unido, um a cada seis usuários acessa conteúdos pirateados, mas o número vem caindo com o surgimento de serviços de streaming.

[Telegraph, The Guardian]

Imagem do topo: Getty

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