Google está desenvolvendo um chip próprio para seus futuros aparelhos

Depois de comprar US$ 1,1 bilhão em propriedade intelectual e recursos da HTC em 2017, parece que o próximo grande passo para a divisão de hardware do Google é criar seu próprio chip de computador. As notícias sobre o mais recente desenvolvimento de hardware do Google vêm de uma reportagem da Axios, que afirma que […]
Pixel 4. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Depois de comprar US$ 1,1 bilhão em propriedade intelectual e recursos da HTC em 2017, parece que o próximo grande passo para a divisão de hardware do Google é criar seu próprio chip de computador.

As notícias sobre o mais recente desenvolvimento de hardware do Google vêm de uma reportagem da Axios, que afirma que o Google recebeu recentemente os primeiros protótipos funcionais de um processador projetado com o codinome Whitechapel.

O Axios relata que o chip foi criado graças a uma parceria com a Samsung, usando o processo avançado de fabricação de 5 nanômetros da gigante coreana em eletrônica.

Diz-se que o chip em si é uma plataforma octa-core baseada em ARM, destinada a equipar smartphones e, no futuro, potencialmente outros dispositivos móveis, como os Chromebooks.

Além das tarefas padrão de computação e processamento, relata o Axios, o Whitechapel está sendo ajustado para oferecer melhor suporte às funções relacionadas a aprendizado de máquina e inteligência artificial, como o Google Assistente e outros serviços do Google que ficam sempre ativos, como o recurso de identificação de música “Now Playing” do Pixel. A Axios diz que Whitechapel não deve chegar a dispositivos de varejo até 2021, no mínimo.

O Gizmodo procurou o Google para uma declaração oficial sobre o assunto, mas a empresa se recusou a comentar.

Mesmo sem confirmação oficial, há um interesse óbvio do Google para criar chips personalizados para seus dispositivos móveis. Muitas das maiores fabricantes de telefones do mundo já estão projetando seus próprios processadores, como os chips da série A da Apple, os chips Exynos da Samsung e os chips Kirin da Huawei.

Ao criar um hardware personalizado, as empresas obtêm maior controle sobre os recursos e o poder de computação embarcado em seus dispositivos. Levando em consideração o quanto o Google tem se dedicado à IA e ao aprendizado de máquina para fornecer uma ampla gama de softwares e experiências, parece natural buscar a liberdade de adicionar núcleos tensores extras ou unidades de processamento neural em um processador.

O Google já tentou criar processadores menores e de uso único, como o chip de segurança Titan M ou o Pixel Visual Core, que o Pixel 4 usa para oferecer suporte ao processamento de fotos aprimorado.

Até a Microsoft se aventurou na criação de seus próprios chips personalizados baseados em ARM. O Surface Pro X tem um chip SQ1, que é essencialmente uma versão aprimorada do processador Snapdragon 8cx de oito núcleos da Qualcomm.

Projetar seu próprio chip também pode ajudar o Google a alcançar a Apple, que nos últimos anos desfrutou de uma vantagem de desempenho, enquanto a maioria de seus colegas do Android contava com os processadores Qualcomm e Mediatek.

É difícil dizer qual o impacto que o Whitechapel em si terá, ou mesmo se ele realmente chegará aos dispositivos de consumo, já que 2021 está longe. Mas, no futuro, devemos esperar ainda mais gigantes desse setor explorando a criação de processadores personalizados.

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